Há mais empresas, mas risco de encerramento e insolvência está a aumentar. Este ano já nasceram 23.495
Desde o início de janeiro de 2023 e até 31 de maio foram criadas 23.495 novas empresas em Portugal, o que corresponde a um crescimento de 6,3% face ao período homólogo, ou seja, mais 1.383 empresas do que no mesmo período do ano passado.
A análise da Informa D&B mostra que, apesar do registo positivo desde o início do ano, o mês de maio ficou marcado por uma queda nas constituições face a maio de 2022, com menos 8,9%, quebrando o ciclo de crescimento que se registava há 12 meses consecutivos.
Os setores onde se registaram mais constituições nos primeiros cinco meses do ano foram o dos Transportes, que quase duplicou, com mais 1.370 constituições; o Alojamento e Restauração com mais 243 constituições, mais 12% do que no período homólogo; os Serviços Gerais, com mais 196 constituições, ou mais 6,3%; e a Construção, com mais uma centena de empresas, mais 4% do que no ano passado.
Por outro lado, registou-se um recuo na criação de novas empresas nas Atividades imobiliárias, com menos 234 novas empresas, Tecnologias da Informação e Comunicação, com menos 111 constituições, Indústrias, menos 92, e a Agricultura e outros recursos naturais, com menos 87 constituições.
Os dados mostram ainda que nos primeiros cinco meses do ano encerraram 4.832 empresas, o que representa uma descida de 7,6% face ao mesmo período de 2022.
No entanto, nos últimos 12 meses, os encerramentos aumentaram em mais de metade dos setores de atividade quando comparado com os 12 meses anteriores. As maiores subidas vão para os setores das Tecnologias da Informação e Comunicação (+12%) e Atividades Imobiliárias (+6,5%).
Também no que respeita a insolvências, nos primeiros cinco meses de 2023, 803 empresas iniciaram um processo de insolvência, mais 13% que no mesmo período de 2022, ou seja, mais 91 processos no total
Entre os setores com maior crescimento nas insolvências destaca-se a Construção, com 140 empresas a iniciarem um processo de insolvência neste período, mas as Indústrias mantêm-se como o setor de atividade com maior número absoluto de novos processos de insolvência (151).