Galamba diz que continua “a ter todas as condições” para continuar no Governo e está “muito motivado” para continuar o trabalho
João Galamba disse hoje manter todas as condições para se manter no cargo de ministro das Infraestruturas, apesar das polémicas em que se viu envolvido, no âmbito da TAP, e que levaram a que apresentasse a demissão ao primeiro-ministro, algo que Costa não aceitou.´
“Sinto-me extremamente motivado, a trabalhar, a concretizar. É esse o meu mandato e é isso que vou continuar a fazer”, sustentou o governante.
Apesar “das distrações” que admitiu enfrentar, o ministro diz-se “empenhado”, mas recusa falar do tema da comissão de inquérito à TAP, dizendo que só tenciona responder sobre o tema “daqui a dois dias”, quando for chamado para ser ouvido.
Em causa está o episódio que envolve também o ex-adjunto de Galamba, Frederico Pinheiro e o episódio em que, já depois de ter sido demitido por telefone, ter tentado levar um comutador do Ministério das Infraestruturas, com alegada informação classificada. O computador acabou recuperado já depois de envolvimento do SIS, que veio subir ainda mais o tom da polémica.
“Tenho todas as condições para continuar. Como se vê continuo a ter todas as condições. Tinha, tenho e terei todas as condições para continuar a fazer o meu trabalho como sempre fiz, com grande empenho”, assegurou. Galamba ainda falou sobre o pedido de demissão apresentado a António Costa: “a manutenção no Governo depende sempre de duas avaliações, e deixe à consideração do senhor primeiro-ministro”, sustentou.
O ministro das Infraestruturas assegurou estar “focado todos os dias”, e realçou as várias áreas de atividade do ministério, como “ferrovia, a rodovia, o digital a aviação ou os portos”.
“As minhas condições [para me manter no cargo] são o trabalho que faço e as concretizações que entrego, e continuarei a entregar com grande ritmo de execução”, prometeu Galamba.
Assegurando que se mantém no Governo “sem hesitações”, e “com o mesmo empenho” de sempre, Galamba terminou, em declarações aos jornalistas, esta tarde: “Era o que mais faltava, um ministro deixar-se afetar pelo ruído”.