Acordo de paz na Ucrânia “em 24 horas”, eleições de 2020 e ataque ao Capitólio: Trump defende que Putin “cometeu um erro” e a invasão não teria acontecido se fosse presidente

O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “cometeu um erro” ao iniciar a invasão da Ucrânia e sustentou que o conflito não teria iniciado se tivesse sido reeleito na corrida à Casa Branca de novembro de 2020.

“O erro dele foi entrar. Ele nunca teria feito se eu fosse presidente”, considerou o mais do que provável candidato republicado em 2024, em entrevista à ‘CNN’, sem no entanto comentar se Putin é responsável por crimes de guerra no âmbito da invasão.

“Se se disser que ele é um criminoso de guerra, será muito mais difícil chegar a um acordo para que pare”, argumentou. “Se for um criminoso de guerra e as pessoas quiserem prendê-lo e executá-lo, ele vai lutar muito mais do que está a lutar. Isso é algo que precisa de ser discutido mais tarde”, garantiu Trump.

Sobre o conflito na Ucrânia, o ex-presidente americano não revelou quem prefere que vença a guerra e afirmou que “não pensa em ganhar ou perder, mas em resolver para que deixem de matar toda a gente. Quero que parem de morrer russos e ucranianos”. frisou.

Um acordo de paz, sustentou, “teria sido conseguido em 24 horas” se ocupasse a Casa Branca, acrescentando que tanto Putin como Zelensky “têm pontos fortes e fracos mas que em 24 horas a guerra estaria resolvida”.

O ex-presidente recusou ainda reconhecer a derrota no ato eleitoral de 2020, reforçando as suas denúncias sobre uma alegada fraude. “Acho que o que aconteceu é uma pena. É muito triste para o nosso país e para o mundo inteiro porque pode ver-se que o país foi para o inferno”, apontou.

Sobre o 6 de janeiro de 2021, dia em que centenas de apoiantes de Trump invadiram o Capitólio – incidente em que morreram cinco pessoas – disse tratar-se de “um dia lindo e incrível”. “Foi a maior multidão com quem já falei (…) eles estavam orgulhosos e tinham amor no seu coração”, notou, sublinhando que, caso tivesse sido eleito, concederia indulto presidencial a grande parte dos condenados.

“Estou inclinado a perdoar muitos deles”, disse Trump, referindo-se às mais de 300 pessoas condenadas por vários crimes nesse dia, incluindo agressão, destruição de propriedade do Governo ou sedição.

O político republicano manteve uma relação tensa com a CNN durante o período em que esteve no poder (2017-2021), descrevendo repetidamente o canal de televisão como um difusor de “notícias falsas”.

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