Atenção: pessoas felizes são mais fáceis de enganar
Qualquer pessoa pode ser vítima de fraude mas, de acordo com o El País, os cidadãos felizes são mais fáceis de enganar online. O estado de espírito, as hormonas e a personalidade dos internautas são alguns dos factores capazes de influenciar o sucesso – ou não – de um ataque de phishing.
No que respeita o estado de espírito, o jornal espanhol indica que pessoas felizes e relaxadas apresentam maior probabilidade de clicar em links maliciosos. Serotonina e dopamina são hormonas associadas a sentimentos positivos e que podem conduzir a comportamentos mais arriscados. Por outro lado, o cortisol – associado ao stress – aumenta o estado de alerta e torna mais fácil detectar um ataque.
Na falta de cortisol, as hormonas serotonina e dopamina vão fazer com que os utilizadores estejam mais disponíveis para serem vítima de fraude, ainda que não seja algo intencional. Não mostram tanto cuidado na verificação do remetente de um email estranho, por exemplo.
Como funciona um ataque de phishing? Os piratas informáticos apresentam páginas clonadas para convencer os utilizadores a inserir os seus dados de acesso a contas bancárias – ou outras informações pessoais. Estas páginas são apresentadas através de emails, mensagens nas redes sociais ou aplicações de conversação como WhatsApp.
Um estudo realizado por Daniela Oliveira, professora de cibersegurança na Universidade da Florida, em colaboração com a Google indica que a consciencialização é o segredo para que os utilizadores consigam perceber quando estão a ser enganados. Ter noção de que o phishing existe é o primeiro passo para estar mais atento e questionar emails com assuntos como “Tem um reembolso da Amazon” ou “Há um problema com a sua conta bancária”.
Caso a consciencialização não seja suficiente, o mesmo estudo aponta para outra medida de segurança: a autenticação em dois passos. Desta forma, caso se caia no truque e se introduzam os dados de acesso a determinada a conta, ainda será necessário confirmar a identificação através de uma mensagem de telemóvel, por exemplo. E, assim, o hacker terá mais dificuldade em prosseguir.