Pagar dívida ou investir: qual a melhor opção?

Não se pode dizer que existe a resposta certa relativamente à questão de ser melhor pagar dívida ou investir. No entanto, existem alguns fatores que deve ter em conta se alguma vez se deparar com este dilema. Para o ajudar, compilámos alguns desses fatores, que pode conhecê-los em baixo:

Comparar as taxas de juro dos empréstimos

Em primeiro lugar, um bom início é comparar as taxas de juro correntes dos créditos que possui com o retorno dos investimentos. Pague os créditos com taxas de juro altas primeiro, uma vez que não pagar um empréstimo pode ter consequências graves.

Se tiver empréstimos com taxas de juro baixas, provavelmente será uma boa ideia fazer pagamentos mínimos e alocar mais dinheiro nos investimentos. Mas lembre-se: pagar um crédito fá-lo ter algum retorno seguro, ainda que mínimo; investir acarreta sempre um risco.

Considerar o tipo de dívida

Nem toda a dívida é igual. De facto, o tipo de dívidas que detém pode ter um papel fundamental na decisão entre pagar um empréstimo o mais rapidamente possível ou apostar em investimentos.

IRS, por exemplo, permite aos contribuintes com contratos até 2011 deduzirem os juros do crédito à habitação até um máximo de 296 euros. Ou seja, às vezes demorar a pagar este tipo de dívida pode fazê-lo poupar dinheiro.

Os restantes créditos não são dedutíveis em Portugal (cartões de crédito, crédito automóvel, crédito pessoal, entre outros), pelo que compensa serem pagos mais rapidamente.

Consolidar dívida para ajudar a poupar

Ao optar por um crédito consolidado, consegue juntar várias dívidas numa só. Para quem está endividado, esta solução pode ser utilizada como uma ferramenta para diminuir os gastos com as prestações dos empréstimos.
Ao reduzir esta despesa, vai aumentar o nível de poupança a curto prazo, permitindo-lhe reequilibrar o orçamento e gerir da melhor forma as suas dívidas. Esta ajuda permite assim uma maior flexibilidade financeira.

Apesar de este tipo de crédito poder ser concedido a qualquer tipo de pessoa, destina-se a quem possui vários empréstimos, o que nos dias de hoje não é difícil de encontrar. A prestação do crédito à habitação, cartão de crédito, crédito automóvel ou especializado para mobilar a casa são despesas comuns a várias famílias. Juntar estas prestações num só crédito permite uma maior folga financeira para quem tem problemas bancários.

Encontrar um equilíbrio

Há quem diga que “no centro está a virtude”, o que neste caso significa investir e poupar para a reforma ao mesmo tempo que paga dívidas. Como já referimos neste artigo, o orçamento familiar mais comum é o 50/30/20, alocando 20% das suas receitas para poupanças e pagamentos de dívidas.

Por exemplo, pagar mais do que a prestação mínima mensal de um empréstimo ao mesmo tempo que junta dinheiro de parte para investir num automóvel à sua escolha pode ser uma opção equilibrada. Este método assegura não ter de perder tempo precioso a guardar dinheiro para a reforma enquanto se esforça para pagar um empréstimo caro e com juros elevados.

Existe um número considerável de diferentes métodos para elaborar um orçamento que o ajudam a equilibrar as finanças pessoais, tendo em conta investimento e pagamento de dívidas. Para tal, pode começar por fazer um mapa de gastos pessoais.

Determinar metas

Os objetivos financeiros devem guiar as decisões que tomar, por isso determine metas. Para alguns, estar livre de dívidas fá-los “respirar” de alívio, enquanto outros não conseguem “pregar olho” à noite sem um fundo de emergência. É importante saber exatamente qual a sua situação e decidir onde o dinheiro terá mais impacto. Como se costuma dizer: cada caso é um caso.

Considerações finais

Como percebeu, não se pode afirmar com toda a certeza o que é mais importante: se pagar dívida ou investir. Avalie a sua situação financeira para determinar onde o seu dinheiro terá mais impacto. Se a matemática não ajudar a decidir entre uma ou outra, tente enveredar pelas duas ao mesmo tempo ou foque-se no objetivo financeiro que lhe trará mais paz de espírito.

Executive Digest com ComparaJá.pt

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