Sindicato dos pilotos acusa TAP de fazer ‘bullying’ sobre faltas
“Os pilotos demonstram o seu desagrado profundo, indignação e revolta pelo modo encapotado como a TAP na qualidade de empregador realiza ‘bullying’ sobre os seus trabalhadores, profissionais de renome, sem que exista qualquer justificação para este comportamento”, lê-se numa carta do SPAC, endereçada na quinta-feira ao presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, e ao presidente do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, e a que a Lusa teve acesso.
Segundo aquele sindicato, a companhia aérea enviou uma mensagem de correio eletrónico a cada piloto, na qual é dada informação sobre as suas faltas e que “confronta os pilotos com um ‘ranking’ criado pela TAP que visa reconhecer a prestação de alguns ou vexar os profissionais que, pelas mais variadas razões se encontram numa situação de ausência”.
O texto do sindicato refere que a razão invocada pela transportadora aérea para o envio daquela comunicação aos pilotos se prende com o objetivo de “melhorar a saúde geral” dos trabalhadores.
No entanto, o SPAC diz não conseguir relacionar as faltas no âmbito da parentalidade ou exercício de funções sindicais, por exemplo, com a saúde dos trabalhadores.
Os pilotos entendem que há uma discriminação entre trabalhadores, uma vez que, segundo explica a carta do SPAC, os critérios usados para a comparação colocam no mesmo plano diferentes tipos de faltas, como por exemplo faltas por doença e faltas por morte de um familiar.