Catalunha: Conta dos motins em Barcelona já ultrapassa 1,5 milhões. Quem paga?
Veículos, mobiliário urbano, contentores… Os custos dos tumultos em Barcelona começam a acumular. E a conta continua a crescer, à medida que as noites de chamas e cortes de estradas progridem. A Câmara Municipal de Barcelona já estimou em mais de 1,5 milhões os custos que a violência deixou. 865 mil euros apenas em 700 contentores queimados.
Quem vai pagar? Apesar do que a maioria das pessoas possa pensar, o projecto de lei para reparar todos esses danos não sairá dos cofres municipais ou do estado. Vai sair do bolso de todos os cidadãos que têm um seguro, seja de carro, casa ou vida.
O Consórcio de Compensação de Seguros será responsável por cobrir a factura final, avança o El Mundo. Esta empresa pública utiliza fundos privados. Todos os seguros assinados em Espanha têm uma pequena sobretaxa que serve para fornecer economicamente o Consórcio, que actua nesses casos, como este ou desastres naturais, que estão fora da cobertura usual das apólices.
O Consórcio está integrado no Ministério da Economia e assumirá, após parecer de um especialista, a indemnização aos lesados. Cobrindo, de acordo com os seus estatutos, todas as eventualidades provocadas “violentamente devido ao terrorismo, tumultos ou tumultos populares, rebeliões e factos ou acções das Forças Armadas ou das Forças e Órgãos de Segurança em tempo de paz”.
A factura, por enquanto, parece não parar de crescer. A Prefeitura de Barcelona acaba de actualizá-lo e quantificou o custo necessário para reparar danos dos contentores, mobiliário urbano, pavimento, serviço de bicicletas públicas e outros após três noites de brigas, no valor de 1 575 000 euros, esperando para cobrar todos os custos dos incidentes na noite passada. Até agora foram queimados 700 contentores só esta semana na cidade; 60 foram queimados ontem à noite e custará 65 mil euros para substituí-los.
Não é só o material destruído que acarreta custos. Os Bombeiros prestaram 76 serviços ontem à noite e 40 equipas de limpeza com 100 trabalhadores foram activadas no centro de Barcelona.