Merkel desafia Trump e deposita confiança na Huawei

Protagonista de um escândalo mundial que envolve espionagem corporativa, segurança de dados e nacionalismo, a Huawei é hoje a empresa que mais divide opiniões no planeta. Acusada de ser um braço do governo chinês para conseguir informações e dados do resto do planeta, a gigante de tecnologia é um dos principais alvos de Donald Trump, que baniu todo os equipamentos da companhia dos Estados Unidos e prometeu punir qualquer empresa americana que fizesse parcerias com a Huawei.

A pressão espalhou-se pelo mundo, quando os aliados americanos foram “convidados” a fazer o mesmo. Austrália e Nova Zelândia foram alguns dos países que seguiram os Estados Unidos, porém a Alemanha – um dos principais parceiros comerciais dos EUA – anunciou que vai continuar a utilizar equipamentos da Huawei para desenvolver a sua rede 5G.

O desafio da Alemanha aos Estados Unidos da América é evidente. Embora Donald Trump impeça as suas empresas de negociar com a Huawei por supostos riscos à segurança, a chanceler Angela Merkel não se intimidou ao colocar o assunto nas mãos dos técnicos da Agência Federal de Telecomunicações, que consideraram que não há nada a temer, refere o El Economista. As telcos alemãs têm motivos para respirar de alívio, cientes de que o desenvolvimento do 5G não sofrerá assim atrasos.

Por seu lado, a Huawei aproveitou a oportunidade para lembrar que “estabeleceu padrões de segurança mais altos e consistentes para todos os fornecedores”. Apesar dos obstáculos dos EUA e o seu efeito colateral no mundo, a Huawei conseguiu aumentar a facturação em 24,4% durante os primeiros nove meses do ano (até 77 965 milhões de euros). E um crescimento de 26% no negócio móvel, com 185 milhões de dispositivos enviados.






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