Legião Estrangeira da Ucrânia tem mais voluntários do que precisa: até russos e bielorrussos querem combater nas forças ucranianas

A Legião Internacional de Defesa da Ucrânia, criada para receber estrangeiros que querem combater a Rússia, já tem mais voluntários do que aqueles que precisa, tendo já recusado centenas de elementos, segundo garantiu esta quinta-feira um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, em declarações à ‘CNN Portugal’ – até russo e bielorrussos têm-se oferecido para combater pela Ucrânia.

Parece “algo talvez cómico mas temos pedidos daqueles países que tratamos como inimigos, pois temos voluntários da Rússia e da Bielorrússia”, ilustrou o coronel Anton Myronovych.

Até agora, por uma questão de cautela, não foi aceite qualquer russo ou bielorrusso na Legião Estrangeira, ao contrário do que já aconteceu com alguns portugueses, que o porta-voz da Defesa ucraniana não quantificou.

“Têm de perceber que ao serem aceites têm de lutar lado a lado com militares ucranianos e fazer parte das Forças Armadas da Ucrânia, cumprindo todas as regras seguidas pelos ucranianos. Não é uma aventura nem um divertimento, mas sim uma guerra real em que estarão a lutar pela liberdade”, referiu o representante da Legião Internacional de Defesa da Ucrânia, que admitiu que muitas recusas acontecem porque os voluntários “não percebem aquilo que procuramos”. “Alguns dos voluntários veem esta oportunidade como uma aventura. Alguns até pensam que podem fazer algum dinheiro com isto, mas o nosso objetivo não é esse”, esclareceu Anton Myronovych à televisão portuguesa.






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