Nova guerra civil nos EUA? Um movimento e várias personalidades querem dividir o país e contam com apoio do Congresso

Os movimentos sociais e políticos que defendem a divisão dos Estados Unidos da América (EUA) em dois países, segundo a ideologia política, são cada vez mais, assim como os esforços de condados que pretendem sair do seu estado.

A congressista Republicana Marjorie Taylor Greene é uma das personalidades que apoia esta ideia, tendo, recentemente, apelado a um “divórcio nacional”, como lhe chamou, ao considerar que uma nova guerra civil será inevitável se os estados Democratas e Republicanos forem divididos em dois.

“Precisamos de um divórcio nacional. Precisamos de separar os estados vermelhos e azuis e diminuir o Governo federal. Todas as pessoas com quem falo dizem isto. Desde a cultura woke doentia e nojenta que nos é esfregada na cara até às políticas traidoras da América em Último dos Democratas, estamos fartos”, defendeu Marjorie Taylor Greene numa publicação feita na sua conta oficial no Twitter.

A criação de um “acordo legal” que defina a separação dos Estados, mas mantenha “a união legal” dos EUA é uma das sugestões da congressista que acredita que os americanos podem escolher de que lado vivem e já não precisam “de discutir uns com os outros”.

Marjorie Taylor Greene tem apoio à direita, com cerca de 52% dos eleitores do Trump e o próprio antigo presidente dos EUA a apoiarem várias formas de secessão nos últimos anos. Também cerca de 40% dos eleitores de Joe Biden estão a favor desta separação, com alguns de esquerda também a insistir numa separação doméstica para que possa ser criada “uma nova nação igualitária”.

Aproximadamente 20% da população dos EUA, o que corresponde a 66 milhões de pessoas, defende que se avance com esta ideia, informa o inquérito mais recente da Axios, onde consta que no plano partidário, 25% dos Republicanos é a favor da criação de dois países divididos por linhas ideológicas, assim como 16% dos Democratas e 20% dos Independentes.

Desde o início da história dos Estados Unidos, que tem quase 250 anos, esta é uma sugestão que nunca avançou. Atualmente, a hipótese voltou a ser colocada em cima da mesa, embora seja uma questão delicada, especialmente depois da Guerra Civil, precipitada pela secessão de 11 Estados rurais da Confederação que defendiam a escravatura mais tarde abolida pelo presidente Abaham Lincoln.

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