Precisa de viajar de comboio? Maquinistas da CP cumprem mais um dia de greve (que só termina na sexta-feira)

Os maquinistas da CP continuam esta terça-feira em greve, convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ). O protesto mantém-se durante toda a semana, terminando apenas na sexta-feira, dia 17 de março.

A Comboios de Portugal – CP disse antecipar perturbações na circulação devido à greve. “Informamos que, por motivo de greve convocada pelo para o período compreendido entre as 00:00 do dia 10 de março de 2023 e as 23:59 do dia 17 de março de 2023, preveem-se perturbações na circulação, com especial impacto no dia 10 de março [passada sexta-feira], para o qual foram decretados serviços mínimos”, indica a CP, numa nota enviada aos clientes.

A empresa explica que, até sexta-feira, está prevista a “realização da maioria dos serviços regulares”, alertando, porém, que “alguns comboios poderão ser suprimidos”.

Lamentando os “incómodos causados”, a CP disponibiliza na sua página na internet uma lista com os comboios previstos tanto para esta sexta-feira como para os dias seguintes, adiantando que os clientes que já compraram bilhetes para viajar nos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional poderão solicitar reembolso do valor total ou troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe.

Estes reembolsos devem ser feitos através da página de cliente da CP (para bilhetes comprados ‘online’ ou através da aplicação móvel) até 15 minutos antes da partida do comboio da estação de origem ou nas bilheteiras.

Até ao dia 18 de março, os maquinistas não irão realizar serviços que durem mais de 7,30 horas, o que não terá um impacto elevado, mas deverá originar algumas supressões, destacou o dirigente sindical.

O tribunal arbitral decretou ainda serviços mínimos no que seja necessário à segurança e manutenção do equipamento e instalações bem como de serviços de emergência e comboios de socorro.

A greve do SMAQ mantém os fundamentos das paralisações de fevereiro, com os maquinistas a contestarem os aumentos salariais propostos pela CP e questões específicas da sua categoria profissional, como condições de trabalho e o cumprimento do acordo de empresa.

Em fevereiro, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram à supressão de centenas de comboios por dia.

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