Coca-Cola, Zara ou Ikea: Marcas continuam a entrar na Rússia mesmo com sanções
Ao longo do último ano muitas foram muitas as marcas internacionais que abandonaram a Rússia devido à invasão da Ucrânia. Entre as marcas a sair, estão nomes como a Coca-Cola, Zara ou o Ikea, porém os russos deram a volta e apesar de tudo estes produtos continuam a entrar no país.
De acordo com várias fontes internacionais os produtos destas marcas continuam disponíveis quer online quer em lojas físicas, apenas com uma ligeira disrupção na cadeia de abastecimentos que leva os produtos a chegar mais tarde ao consumidor.
O que acontece é que na realidade a maior parte destes produtos não está sujeita a nenhuma sanção por parte do regime de Vladimir Putin, logo a Rússia permite que eles entrem no país e que façam parte da economia nacional.
De acordo com a agência ‘Reuters’, um dos truques utilizados pelos russos é fazer compras na Bielorrússia, embora muitas marcas também tenham abandonado este país, o que não é o caso do grupo Inditex, dona da Zara, Bershka e Massimo Dutti.
Existe também a possibilidade dos russos comprarem roupa online, segundo a agência. Fazem-no através de vendedores de outros países que conhecem nas redes sociais.
No que diz respeito à Coca-Cola, esta é muitas vezes obtida através de importações paralelas, que permitem aos retalhistas introduzir produtos do exterior sem a autorização do dono da marca. Existem plataformas de comércio digital como é o caso da Wildberries que vende uma ampla gama de itens importados. Um produto ocidental universal que a Wildberries e seus pares Ozon e Yandex Market vendem é a Coca-Cola, muitas vezes anunciada como importada para que os compradores saibam que é real.
Além destas situações, existem ainda os países ‘amigos’, como a Turquia ou a China que aumentaram as suas exportações para a Rússia, enviando entre outras coisas os itens proibidos. Acrescenta-se a este facto o aumento das réplicas e imitações, nomeadamente de móveis do Ikea, vendidas por empresas que foram adquiridas por russos e que antes eram de grandes marcas internacionais, diz a ‘Reuters’.
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