Estes foram os drones usados nos ataques às petrolíferas sauditas

A televisão dos rebeldes houthi, a Almasirah, reivindicou o ataque a duas instalações petrolíferas na Arábia Saudita, administradas pela empresa estatal Aramco, na madrugada de sábado, que levou à redução para metade da produção mundial de petróleo.

O porta-voz, Yahya Sare’e, confirmou que foram utilizados 10 drones armadilhados, em retaliação à intervenção militar deste país no Iémen, em guerra desde 2015. Os ataques provocaram um incêndio em Abqaiq, onde está instalada a maior fábrica de processamento de petróleo da Aramco, e no campo de petróleo de Khurais, sem que se registassem vítimas mortais. 

No entanto, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, aponta o dedo ao Irão, rival regional da Arábia Saudita e que apoia politicamente o Iémen. No Twitter, Pompeo escreveu que não há provas de que o ataque tenha origem no Iémen e acusa o Irão de «fazer de conta que está empenhado na diplomacia». «O Irão lançou agora um ataque inédito contra o fornecimento de energia do mundo», alertou o responsável da administração de Donald Trump. 

«Pedimos a todas as nações que condenem publicamente e forma inequívoca os ataques do Irão. Os Estados Unidos trabalharão com os nossos parceiros e aliados para garantir que o mercado de energia permanece bem abastecido e o Irão seja responsabilizado pela sua agressão», acrescentou.

Segundo o “Business Insider”, um relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas, publicado no inicio deste ano, dava conta de que os veículos aéreos não tripulados utilizados pelas forças houthi desde meados de 2018 incluem os UAV-X, os chamados «drones suicidas». Além de percorrerem uma distância máxima de 1,500 quilómetros, estes aparelhos são mortíferos. 

O portal norte-americano escreve que os drones UAV-X analisados continham 18 quilos de explosivos e que o armamento dos rebeldes houthi tem melhorado bastante com a aproximação ao Irão. Acrescenta ainda que a Arábia Saudita negou os pedidos de inspecção das Nações Unidas a estes aparelhos, levantando suspeitas de cadeias de fornecimento e possíveis violações ao embargo da venda de armas ao Iémen. 

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