Magnata russo conhecido como o ‘chef de Putin’ admite ter criado Grupo Wagner
Yevgeny Prigozhin, um milionário russo e um dos aliados mais próximos do Presidente Vladimir Putin, admitiu esta segunda-feira ter criado a organização de mercenários conhecidas como Grupo Wagner.
Após vários anos a negar qualquer ligação ao grupo, e tendo já processado órgãos de comunicação social, como o ‘Bellingcat’, por traçarem associações entre ele e a organização, o homem que é conhecido como o ‘Chef de Putin’, por fim, confirma as suspeitas, embora já se tomasse como certo que liderava o Grupo Wagner.
Dessa forma, Prigozhin estabelece uma ligação direta entre a organização de mercenários e o Kremlin, apesar de o Presidente russo sempre ter negado qualquer envolvimento do grupo nas operações militares da Rússia.
Relata a imprensa internacional que o oligarca confessou ter criado do Grupo Wagner para enviar para a região do Donbass, na Ucrânia, em 2014, combatentes competentes, no mesmo ano em que a Rússia anexou a península da Crimeia, pertencente ao país vizinho.
Prigozhin adianta que “no dia 1 de maio de 2014, um grupo de patriotas nasceu, que mais tarde adquiriu o nome de BTG Wagner”, cita o ‘Politico’, acrescentando o oligarca que a organização já atuou na Síria, em África e na América Latina, regiões onde a Rússia tem interesses estratégicos.
No entanto, apesar de ter confirmado que o Grupo Wagner esteve presente na Ucrânia em 2014, o líder não confirmou que estivessem nesse país agora mesmo, a combater ao lado dos soldados russos. Ainda assim, me março deste ano, a Defesa do Reino Unido tinha informado que cerca de mil mercenários russos teriam sido enviados para as regiões orientais da Ucrânia para suportar a máquina de guerra de Putin.