“O mundo não está a salvo com Putin”: Ex-Presidente da Ucrânia garante que contraofensiva “ainda não terminou”

Petro Poroshenko, que ocupou o cargo de Presidente da Ucrânia entre 2014 e 2019, garante que a contraofensiva das tropas ucranianas “ainda não terminou”, depois de Kiev ter conseguido, nos últimos dias, recuperar territórios que estavam sob controlo da Rússia.

Em referência às reconquistas, Poroshenko afirma que “foram mais de 3.000 quilómetros quadrados e o impulso ainda não terminou, apesar de [o Presidente russo Vladimir] Putin tente mobilizar o mais rapidamente possível as suas reservas e trazê-las de território russo para a fronteira com a região de Kharkiv”, cita a ‘Euronews’.

O antigo Chefe de Estado ucraniano acredita que o apoio da Europa não esmorecerá, mesmo num contexto de uma crescente crise energética, fruto dos sucessivos cortes no abastecimento de gás russo ao continente, o que vários líderes europeus, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, denunciam como sendo uma tática de Moscovo para chantagear a União Europeia e para quebrar a unidade entre os Estados-membros no apoio à Ucrânia.

Poroshenko considera que o apoio fornecido pelos países ocidentais à Ucrânia não se trata de mera “assistência”, mas que “é um investimento de cada um dos Estados-membros europeus na sua própria segurança”.

“Se não pararmos Putin aqui, na Ucrânia, amanhã Putin aparecerá nos seus países”, avisa, destacando que enquanto o Presidente russo se mantiver no poder, a Europa não estará segura.

“Precisamos de garantir a segurança do mundo e da Europa, ‘desputinizando’ a Europa, o mundo e a Rússia”, defende, e sentencia que “o mundo não está a salvo com Putin, e poderá estar seguro sem ele”.

Ainda esta manhã, Ursula von der Leyen, no seu discurso do ‘Estado da União’, que teve a Primeira-Dama da Ucrânia, Olena Zelenska, como convidada de honra, assegurou que a UE vai apoiar a reconstrução de escolas na Ucrânia com 100 milhões de euros e que a cooperação com Kiev será aprofundada, por exemplo, com a integração da Ucrânia na zona livre de telecomunicações em ‘roaming’ e com a abertura do mercado único europeu a esse país.

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