Crise energética: Chanceler alemão defende reforma rápida do mercado elétrico da UE para “aliviar fardo” sobre as famílias e empresas

O Chanceler alemão afirmou esta terça-feira que a reforma do mercado elétrico da União Europeia deve ser acelerada para que se possa reduzir a pressão sobre as famílias e sobre as empresas no bloco ainda antes do inverno.

Em declarações proferidas em Berlim, na Alemanha, Olaf Scholz defendeu que os lucros inesperados das empresas produtoras de energia devem ser taxados, de forma a canalizar esses montantes para medidas que ajudem os consumidores a fazer frente ao aumento dos preços da energia.

Adiantando que a Alemanha e a UE conceberam propostas para recolher esses lucros, Scholz afirmou que “vamos levar isto avante com grande rapidez para que possamos aliviar este fardo” e que “podem ter a certeza de que isto acontecerá à velocidade necessária para o controlar neste inverno”, cita a ‘TSF’.

A Alemanha tem procurado acelerar o preenchimento das suas reservas de gás, para que possa ter uma maior segurança energética antes da chegada do inverno, uma altura em que se esperam registar picos de consumo, tal como em anos anteriores. Além disso, também investiu na construção de terminais para aumentar a capacidade de receber gás de outras regiões.

A par do reforço do abastecimento de gás, o governo alemão reativou centrais de produção elétrica a carvão e optou por não encerrar duas centrais nucleares já no final deste ano, prolongando a sua vida até abril de 2023.

O executivo de Scholz também anunciou medidas no valor de 65 mil milhões de euros para ajudar a combater os efeitos da inflação dos preços da energia, com apoios a pensionistas e a estudantes.

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