Vitória para Boris Johnson. Suspensão do parlamento britânico considerada legal
O Tribunal Superior de Londres rejeitou hoje um pedido de cancelamento da suspensão do Parlamento decidido pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, previsto durante cinco semanas até 14 de outubro.
“O pedido foi rejeitado”, declarou o juiz Ian Burnett.
A ação foi proposta por uma empresária, Gina Miller, e apoiada pelo ex-primeiro-ministro John Major, que vê a suspensão como uma manobra para impor um ‘Brexit‘ sem acordo.
Os demandantes anunciaram a sua intenção de recorrer durante uma audiência a 17 de setembro, no Tribunal Supremo Britânico.
“A minha equipa e eu não desistiremos da luta pela democracia”, disse Gina Miller à imprensa após a audiência.
“O abandono agora seria faltar ao nosso dever”, continuou a empresária, referindo que estava a lutar por “todos e pelas futuras gerações”.
Um juiz escocês já se opôs nesta semana a um pedido semelhante.
Uma outra ação apresentada na justiça na Irlanda do Norte para impedir a suspensão do Parlamento ainda não foi julgada.
A crise política no Reino Unido causada pelo ‘Brexit‘ agravou-se nos últimos dias, estando iminente a imposição ao Governo de Boris Johnson de um novo pedido de adiamento, depois do chumbo da sua proposta de eleições antecipadas.