Habitação: Proprietários em Lisboa acusam Governo de declarar “guerra” ao limitar aumentos das rendas a 2%

O Governo anunciou que iria impedir que os valores das rendas subissem acima dos 2% em 2023, uma medida que pretende proteger as famílias face aos aumentos generalizados dos preços e à perda de poder de compra dos portugueses.

Contudo, os proprietários criticam a medida, com a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) a acusar que o executivo de António Costa “declarou guerra aos proprietários”.

Em declarações à ‘TSF’, a associação argumenta que o limite definido pelo Governo fica “muito abaixo da inflação que se espera que atinja os 9%” e que “neste momento, nenhum proprietário vai colocar nenhum imóvel [no mercado], não só para estudantes”, sugerindo que esta reação pode ser entendida como uma retaliação, numa lógica de “olho por olho, dente por dente”.

Diana Ralha, da ALP, afirma que “tínhamos um ‘vox pop’ nas redes sociais, e um associado nosso chamou à atenção por se estar a aproximar um pico de procura de arrendamento brutal por parte dos estudantes universitários nas principais cidades” e alerta que “o que vai acontecer é que os estudantes, que não mereciam, não vão ter soluções de habitação ou então extremamente caras”.

A responsável avança que isso acontecerá, “porque à semelhança do que fez com a habitação, o Governo fez zero”, e aponta que “só um louco é que neste momento aposta no mercado de arrendamento com o clima de instabilidade fiscal e legislativa que o governo instituiu”.

“Estas últimas medidas foram a gota de água e há muitos compradores estrangeiros para comprarem casas em Portugal”, assevera Diana Ralha.

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