Turquia alerta para nova onda de refugiados na Europa
A Turquia está a avisar a Europa de que uma nova onda de refugiados pode estar a caminho. O país diz que poderá ter de reabrir a estrada para que refugiados sírios possam entrar no continente e fugir da guerra que assola a sua terra-natal. Segundo avança a BBC, a Turquia pede apoio internacional para a criação de uma zona de segurança no Nordeste da Síria, evitando a necessidade de abrir as portas a mais migrantes.
«Ou isto acontece ou seremos forçados a abrir os portões», sublinha Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia. Actualmente, a Turquia acolhe mais de 3,6 milhões de sírios que fugiram da guerra civil.
Apesar de os Estados Unidos da América apoiarem o pedido da Turquia, o plano parece ser controverso. A BBC explica que as forças curdas da Síria receiam que a Turquia leve muitos sírios para o Nordeste do país, sem que sejam originários desta região – o que poderá gerar ainda mais conflitos.
Caso a zona de segurança não seja criada e a Turquia acabe por permitir a passagem de refugiados, poderemos estar perante uma nova vaga de migrantes sírios em busca de asilo. E Portugal poderá ser um dos destinos: Portugal é o sexto país da União Europeia que mais refugiados recebeu, de acordo com dados do Ministério da Presidência divulgados pelo DN.
Desde 2015, o País acolheu mais de 2100 pessoas com estatuto de refugiados. Em breve, poderá transforma-se na casa de mais 10 pessoas, vinda do navio Open Arms, que desembarcou em Itália a 20 de Agosto.
Espalhados por cerca de 100 municípios, os mais de 2100 refugiados representa, ainda assim, um número reduzido face ao previsto. Em Setembro de 2015, foi estabelecida uma quota comunitária de 4486 refugiados.
«Para o Governo trata-se, acima de tudo, de uma questão imperativa de direitos humanos. Foi aliás esse entendimento que o levou a envolver-se, desde a primeira hora, na construção activa do Pacto Global das Migrações Seguras, Ordenadas e Regulares, das Nações Unidas, tendo sido recentemente aprovado o Plano Nacional de Implementação do Pacto Global, que converte Portugal num dos primeiros países do mundo a fazê-lo, cumprindo a decisão de passar imediatamente à fase de concretização», comenta Rosa Monteiro, secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, em declarações ao DN.