Crise alimentar: Primeiro navio com cereais ucranianos para África partirá “em breve de Odessa”

Esta sexta-feira, o Presidente do Conselho Europeu, Charle Michel, anunciou que o primeiro navio com cereais da Ucrânia para África “em breve carregará e depois partirá de Odessa para a Etiópia”.

Esse envio é coordenado pelo Programa Alimentar Mundial, agência das Nações Unidas, como parte de uma estratégia para tentar reduzir os impactos da guerra sobre os países mais pobres, altamente dependentes de importações de produtos agrícolas.

Durante meses em que a invasão da Ucrânia pela Rússia, milhões de toneladas de cereais ficaram retidas em silos nos portos ucranianos, empurrando para o limiar da subnutrição severa e para a fome milhões de pessoas, especialmente em países do continente africano.

Em julho, a Ucrânia e a Rússia, através da intermediação da Turquia e das Nações Unidas, firmaram um acordo para desbloquear o envio de cereais para os mercados mundiais, pressionados pela escassez desse produto e por preços cada vez mais elevados.

Já vários navios zarparam com cereais dos portos ucranianos, mas este será o primeiro que partirá rumo a África.

Conta a ‘AP News’ que esta manhã o site ‘MarineTraffice’ mostrava a aproximação do navio, com o nome “Brave Commander” (Bravo Comandante, em português), ao sul da Ucrânia.

Espera-se que seja transportado um carregamento de mais de 23 mil toneladas métricas de cereais, de acordo, com o Ministério das Infraestruturas da Ucrânia, o que representa uma pequena porção das 20 milhões de toneladas que estavam retidas.

A Etiópia deverá ser, assim, o primeiro país africano a voltar a receber cereais ucranianos, e é uma das nações que do Corno de África, que está a sofrer a maior seca dos últimos 40 anos, tendo já resultado na morte de milhares de pessoas este ano.

Reconhecendo que um só carregamento não resolve a crise alimentar que assola o continente africano, o Programa Alimentar Mundial afirma que é “um passo importante” para recuperar os fluxos de cereais da Ucrânia para os países que sofreram os impactos mais

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