Ex-assessor de Manuel Pinho ganha 153 mil euros sem trabalhar

João Conceição, ex-assessor de Manuel Pinho no governo de Sócrates, ganhou mais de 153 mil euros como diretor do BCP, entre setembro de 2008 e maio de 2009, mas o BCP não encontrou quaisquer provas dos serviços prestados por Conceição, segundo uma auditoria interna ordenada pelo atual presidente-executivo Miguel Maya, e citada pelo Observador.

A sua contratação pelo BCP, diz o jornal Online, terá sido acordada entre Paulo Macedo, então vice-presidente do Millennium BCP, e João Manso Neto, administrador da EDP.

Paulo Macedo, atualmente líder da Caixa Geral de Depósitos (CGD), terá acordado com o braço direito de António Mexia que os custos totais relativos à contratação de João Conceição seriam reembolsados pela EDP ao BCP — o que, segundo o banco e a elétrica, nunca se veio a verificar.

Estes factos reforçam a tese dos procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto de que a contratação de João Conceição pelo BCP terá sido uma alegada contrapartida de António Mexia e de João Manso Neto pelos alegados favorecimentos à principal elétrica nacional na elaboração de legislação estruturante do setor energético, sublinha o jornal.

No início deste ano, o BCP chegou a exigir a João Conceição o reembolso dos 153 mil euros que lhe foram pagos, alegando incumprimento do contrato de trabalho. Segundo o Observador, Conceição respondeu de forma “violenta” e “agastada”, refutando os factos invocados pelo banco e alegando que mesmo que existisse tal crédito, o mesmo já tinha prescrito.

Recorde-se que em 2008 o Grupo EDP tinha 3,2% do capital social do BCP.

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