Biden: “A agressão russa contra a Ucrânia estilhaçou a paz na Europa e todas as normas implementadas desde a Segunda Guerra Mundial”

No dia que marca o arranque da cimeira da NATO, em Madrid, esta terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos disse que “estamos aqui reunidos para defender a nossa segurança partilhada e reforçar a nossa aliança transatlântica”.

“A agressão russa não provocada contra a Ucrânia estilhaçou a paz na Europa e estilhaçou todas as normas implementadas desde a Segunda Guerra Mundial”, apontou o Presidente norte-americano Joe Biden.

“A união transatlântica tem sido e continuará a ser a maior força na nossa resposta à Rússia”, garantiu Biden, dizendo que “estamos unidos no nosso apoio à Ucrânia e para reforçar as nossas capacidades de dissuasão”. O Chefe de Estado afirmou que já antes da guerra tinha assegurado que os EUA iriam reforçar a sua presença militar na Europa, referindo que no início do ano foram destacadas mais forças norte-americanas para o continente do outro lado o Atlântico “como resposta às ações agressivas da Rússia”.

Biden avançou que os EUA vão reforçar a presença da forças norte-americanas nas bases navais de Espanha, o que irá também reforçar as relações bilaterais entre Espanha e os EUA em matéria de segurança e defesa.

“Em conjunto, a Aliança está a fortalecer a sua postura a face das ameaças de Leste e dos desafios do Sul”, disse Biden, garantindo que “a NATO está focada em todas as direções e domínios: terra, ar e mar” e apontando que os Aliados continuam a fazer chegar armas e equipamentos às forças militares da Ucrânia, que “demonstram grande coragem e grande determinação”. E confirmou que os EUA continuarão a reforçar as sanções económicas contra a Rússia.

O líder da Casa Branca confessou que “por vezes penso que o objetivo de Putin é literalmente destruir toda a cultura da Ucrânia, tendo em conta as ações que tem realizado”.

Biden congratula ainda o governo de Pedro Sanchéz por ter acolhido mais de 140 mil refugiados ucranianos desde o início da guerra e apontou que os EUA e Espanha têm estado a trabalhar conjuntamente na América Latina e nas Caraíbas “para reforçar as instituições democráticas nos países dessas regiões do mundo, fortalecer o Estado de Direito, promover a prosperidade económica e reforçar os sistemas de gestão de migrações”.

Biden afirmou que Espanha, que comemora 40 anos de presença na NATO, e os EUA vão emitir uma declaração conjunta que confirma “os nossos valores partilhados e que reflete a total abrangência da nossa colaboração”.

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