Croácia detém ativista russa dos Pussy Riot que estava a ser procurada pela polícia do Turquemenistão
Aysoltan Niyazova foi detida esta semana na fronteira croata, vinda da Eslovénia. Defesa denuncia motivações políticas e organizações internacionais de Direitos Humanos exigem a sua libertação.
A banda russa de protesto e abertamente crítica do governo de Vladimir Putin estava na Croácia para um concerto na capital de Zagreb, uma das paragens da sua ‘tour’ internacional para ajudar a Ucrânia, avança o ‘The Moscow Times’.
Relatos da imprensa local apontam que as autoridades do Turquemenistão, através de mandado de captura emitido pela Interpol, acusavam Niyazova de desvio de dinheiro do banco central desse país, e já tinha sido detida na Eslovénia em 2002 sob as mesmas acusações.
Maria Alyokhina, também membro dos Pussy Riot, disse aos jornalistas em Zagreb que a colega está inocente e exigiu a sua libertação imediata.
A advogada de Niyazova argumenta que a ativista detida já cumpriu uma pena de prisão de seis anos na Rússia pelas mesmas acusações, pelo que não pode voltar a ser julgada, extraditada nem servir nova sentença pelo mesmo alegado crime que lhe é imputado pelo Turquemenistão.
A Amnistia Internacional na Europa é uma das vozes que exige a libertação de Niyazova e afirma que a sua atividade enquanto crítica e opositora das autoridades de Moscovo colocam-na em “grande risco” de tortura se for extraditada para o Turquemenistão, que carateriza como um país que “não é seguro para ela nem para qualquer defensor dos direitos humanos”.