72 % das empresas acredita que a Quality Engineering pode contribuir para a sustentabilidade ambiental das TI, revela relatório
A Capgemini, a Sogeti e a Micro Focus divulgaram esta terça-feira a 14ª edição do World Quality Report, que analisa as principais tendências e desenvolvimentos no domínio de Quality Engineering & Testing (QE&T) e destaca que as TI sustentáveis e a Value Stream Management são os novos centros de interesse das equipas de qualidade.
Segundo o estudo, verifica-se também um grande otimismo em torno do possível impacto que as tecnologias emergentes – como o blockchain, o metaverso, e outras aplicações Web 3.0, possam vir a ter no futuro.
Em termos de sustentabilidade, o estudo revelou que, embora o papel da qualidade no âmbito da sustentabilidade das TI esteja ainda em desenvolvimento, a maioria das empresas (72%) acredita que a QE&T poderá contribuir para promover a sustentabilidade ambiental das tecnologias de informação.
Para além disso, os inquiridos revelaram-se também otimistas em relação aos benefícios inerentes à engenharia verde como parte das suas estratégias de sustentabilidade das TI. Os maiores benefícios que podem sair daí são a melhoria da pontuação das marcas nos rankings (47%) e o aumento dos níveis de lealdade dos clientes (46%).
Outra das conclusões do estudo tem a ver com o facto de as organizações recorrem cada vez mais à QE&T para apoiar o desenvolvimento e o sucesso da implementação de novas tecnologias como o blockchain e a Web 3.0, bem como para responder aos desafios de negócio associados à experiência do consumidor, do time-to-market, da segurança e dos custos.
Por outro lado, a generalidade dos inquiridos (96%) acredita que, sem uma estratégia de qualidade preparada para as tecnologias emergentes poderá ter de enfrentar riscos acrescidos de ciberataques.
Mark Buenen, Global Leader, Quality Engineering and Testing do Grupo Capgemini, afirma que, “nos últimos anos, assistimos a uma evolução sem precedentes das plataformas digitais e a uma modernização geral das aplicações. Ao mesmo tempo, os desafios das cadeias de abastecimento, as ameaças à cibersegurança e a crescente escassez de competências, complexificaram ainda mais o ambiente para as empresas. Por outro lado, o investimento em controlo de qualidade e em quality engineering são a base para que as empresas se possam manter flexíveis, recetivas e com capacidade de adaptação. Observando mais profundamente, podemos concluir que esta é uma função vital que pode ter um impacto tangível nos níveis de desempenho das empresas, inclusive na sua rentabilidade e sustentabilidade”.
“O World Quality Report oferece uma ampla perspetiva sobre o estado atual e o futuro das TI, e analisa detalhadamente a forma como as tecnologias emergentes estão a alterar as necessidades e as práticas de qualidade das empresas”, considera Rohit de Souza, Senior Vice President, General Manager – ITOM Product Group & ADM Product Group, Leader of the CTO office and Product Security, da Micro Focus.
“As conclusões da edição deste ano apontam claramente para que a Quality Engineering and Testing passou a considerar que o ambiente de mudança é contínuo e que as empresas precisam, por isso, de serem mais flexíveis, de terem capacidade de adaptação e de resposta, para poderem enfrentar este desafio e obterem bons resultados. Ao mesmo tempo, as organizações estão também focadas em gerarem valor para os seus clientes e utilizadores finais.”
O relatório entrevistou 1.750 CIO e outros profissionais seniores da área das TI em 10 setores de atividade, de 32 países, é o único estudo conduzido à escala mundial que analisa a qualidade das aplicações e as tendências de testing. O estudo realiza-se anualmente desde 2009.