Empresas desperdiçam mais de 25 milhões de euros com escritórios vazios, revela estudo
A pandemia, em março de 2020, trouxe uma nova realidade, mostrando que afinal, é possível trabalhar a partir de casa. No entanto, após dois anos, as empresas voltaram a solicitar aos funcionários que voltassem a trabalhar a partir do escritório… só que parte destes continuam vazios.
Um novo estudo da Density, a que a ‘Fast Company’ teve acesso, analisou milhares de locais de trabalho de empresas do ranking Fortune 500, que lista as maiores empresas norte-americanas, em 13 cidades, e constatou que uma parte significativa do espaço nesses escritórios está sem uso e vazio durante grande parte dos dias de trabalho.
Os dados anónimos analisados foram de 2.000 espaços diferentes nos últimos dois meses, especificamente cerca de 502.000 horas de trabalho. “Durante 181.000 desses meio milhão de horas, os espaços estão vazios”, diz Andrew Farah, CEO da Density. “São espaços que são essencialmente pagos mas ninguém está a utilizar. Isso significa que estes espaços estão vazios durante mais de um terço das horas de trabalho.”
Em termos monetários, o executivo explicou à publicação que essas horas se traduzem em mais de 25 milhões de dólares (cerca de 25,762 milhões de euros, ao câmbio atual) gastos em imóveis de escritórios que não estão a ser utilizados.
“Encontrámos uma sala no valor de 110.000 dólares [cerca de 113.000 euros, ao câmbio atual] por ano que estava vazia metade do tempo. Encontrámos uma sala que vale 87.000 dólares [cerca de 89.000 euros, ao câmbio atual] por ano e que está vazia 83% do tempo”, acrescenta Farah.
Apesar de os dados serem anónimos, os detetores usados pela empresa para analisar os dados são usados por empresas como a Okta ou o Pinterest. “Estas são empresas muito grandes. Estamos a falar de centenas de milhares de empregados”, diz o CEO.
Os dados concluem que as salas de reuniões mais pequenas são mais utilizadas pelas empresas, o que permite que as organizações façam ajustamentos ao planeamento que têm para os seus espaços.
“Ainda ontem vi um cliente desalocar todas as suas secretárias como resultado dos dados que estava a ver”, conclui Farah.