Agosto foi vermelho para o PSI: Das 15 cotadas, apenas 3 registaram aumentos
Na análise ao comportamento do mercado acionista no mês de agosto de 2022, a Maxyield concluiu que o PSI apresentou uma diminuição mensal de 2,1%, terminando o período nos 5.995,2 pontos “num contexto de forte resiliência e volatilidade do índice de referência bolsista do país”.
“No mês de agosto, das 15 (quinze) sociedades que integram o PSI, apenas 3 (três) tiveram crescimento positivo das cotações e 12 (doze) sofreram diminuição de valor”, explica a associação de pequenos investidores, acrescentando que “a banda de variação mensal oscila entre 9,3% da Greenvolt e -9,6% da Sonae SGPS”.
As três cotadas que registaram subidas em agosto foram a Greenvolt (9,3%), a GALP (5%) e o BCP (0,5%). Em sentido contrário estão a Sonae SGPS (-9,6%), a EDP Renováveis (-4,5%), a REN (-4,5%), a Corticeira Amorim (-3,3%). a EDP (-3,6%), a CTT (-2,5%), a Mota-Engil (-2,3%) a J. Martins (-2,3%), a ALTRI (-2,3%), a Semapa (-2%), a Navigator (-1,7%) e a NOS (-0,6%).
“O PSI manteve-se na faixa de variação [57501 – 63002 ], reportando-nos para níveis atingidos à 7 anos”, explica ainda a análise.
Em termos de variação anual, o índice português registou um aumento de 7,6% relativamente a 31 de dezembro de 2021, com dez cotadas em trajetória positiva, quatro em perda de valor e uma com cotação inalterada.
“A banda de evolução anual é bastante ampla, oscilando entre 51,8% da Greenvolt na polaridade positiva e -28,6% dos CTT no patamar negativo”, explica a Maxyield.
As três cotadas com variação anual positiva foram a Greenvolt (51,8%), a GALP (26,7%), a Semapa (19,7%), a Navigator (18,1%), a EDP Renováveis (10,4%), a J. Martins (10%), a NOS (7,6%), a REN (3,7%), o BCP (3,1%) e a ALTRI (0,4%). No sentido contrário, os CTT (-28,6%), a Corticeira Amorim (-10,8%), a Mota-Engil (-6%) e a EDP (-1,4%) registaram um desempenho anual negativo. A Sonae SGPS manteve a sua cotação.
Em termos de outlook económico e bolsista, a análise refere que as pressões inflacionistas vão continuar a marcar os mercados, assim como o aumento das taxas de juro e o arrefecimento económico.
“A persistência das pressões inflacionistas está a arrastar o aumento do nível geral de preços para um patamar próximo de 2 dígitos, sendo esperados novos aumentos das taxas de juro de referência no decurso do mês de setembro, por parte das autoridades monetárias designadamente FED, Banco Central de Inglaterra e BCE”, começa por explicar a análise.
“Por outro lado, a atual crise não se localiza apenas do lado da Procura, pois incorpora importantes questões do âmbito da Oferta, relativamente à qual as tradicionais políticas de intervenção necessitam dum horizonte temporal mais alargado para produzir efeitos.”
“Estes perigos não existem em Portugal para 2022, pois a economia deverá apresentar um crescimento robusto, cujas estimativas mais recentes de entidades internacionais e nacionais se situam em torno de 6,5%, devido ao impulso do consumo privado apoiado pela normalização taxa de poupança das famílias, à alavancagem do investimento pelo PRR e à recuperação do turismo para o nível pré-pandemia” conclui a Maxyield, acrescentando que “contudo, em 2023, Portugal regressa a uma baixa trajetória de crescimento, sendo que a inflação, os preços da energia, as disfunções na cadeia de abastecimentos, o aumento das taxas de juro e a bolha imobiliária, são riscos que não podem ser subvalorizados”.