Depois da França, Reino Unido, Itália e Áustria anunciam imposto sobre grandes empresas digitais. Trump reage com ameaça
O governo francês aprovou uma nova lei que envolve a aplicação de um imposto de 3% a empresas cuja actividade digital resulte em receitas de pelo menos 750 milhões de euros a nível mundial, incluindo 25 milhões em França. A medida, com efeitos rectroactivos (1 de Janeiro de 2019), deverá afectar empresas norte-americanas com Amazon, Google, Apple e Facebook.
A reacção de Donald Trump à nova lei envolve uma ameaça: impor taxas extra a produtos franceses, nomeadamente vinho. «França criou um imposto digital para as grandes companhias tecnológicas americanas. Se alguém as taxar, deverá ser no seu próprio país, os EUA. Iremos anunciar uma acção em resposta à tolice de Macron em breve. Sempre disse que o vinho americano é melhor do que o francês», escreveu o presidente norte-americano no Twitter.
No entanto, França poderá não ser o único país a avançar com um imposto deste género, segundo adianta a CNBC. O Reino Unido, por exemplo, está a trabalhar numa proposta que afectará redes sociais, motores de busca e marketplaces online. Neste caso, trata-se de uma taxa de 2% para empresas com receitas de 500 milhões de libras (545 milhões de euros), incluindo 25 milhões de libras (27 milhões de euros) no país.
Itália segue o mesmo caminho, tenho já aprovado um imposto de 3% sobre serviços digitais, designadamente publicidade digital, interfaces digitais que permitem comprar e vender artigos e, ainda, transmissão de dados em plataformas. A novidade entra em vigor a 1 de Janeiro de 2021.
Espanha, por seu turno, tentou passar uma lei semelhante mas viu a proposta, (conhecida como “Imposto Google), rejeitada. Já a Áustria está a apontar à publicidade online, com o desenho de um imposto de 5% sobre as receitas deste tipo de anúncios.