Colombo: Ambiente virtuoso
Os centros comerciais Sonae Sierra, e o Colombo especificamente, demonstraram sempre uma grande agilidade na adaptação às regras de saúde e segurança impostas e agora, nesta realidade pós-pandemia, continuam a cumprir escrupulosamente todas as indicações que as autoridades de saúde e governamentais determinam. Proporcionar boas experiências ao público é a prioridade e isso é possível porque, além da aposta na área da cultura e lazer, mantém a saúde e o bem- -estar como um dos principais focos.
De facto, os centros comerciais sempre tiveram a necessidade de se adaptar à evolução do comércio e das preferências dos consumidores: o desafio faz parte da história dos centros comerciais. Especificamente, o sector da saúde e bem-estar tem estado em maior crescimento (hospitais, clínicas, farmácias, parafarmácias, dietéticas…), pelo que é natural incrementar a área dedicada a estes serviços e aumentar a sua diversidade.
Entre as várias iniciativas, a cultura tem também vindo a ser um caminho incontornável. O espelho disso é o projecto “A Arte chegou ao Colombo” do qual o centro se orgulha muito e que já vai na 12.ª edição. O Colombo foi dos primeiros a colocar a arte no centro com o objectivo de aproximar os visitantes às mais nobres formas de arte, fazendo-a chegar a cada vez mais portugueses e tornando o espaço num palco para a cultura, sendo também um exemplo para outros centros comerciais. Todos os anos registam milhares de visitas, tendo ultrapassado, até agora, os 650 milhões de visitantes.
Actualmente, o Colombo é um dos centros comerciais com maior notoriedade e isso conseguiu-se através da capacidade de atracção de centenas de marcas e do investimento anual que fazem em cultura, procurando oferecer experiências diferentes aos visitantes, que fazem deste centro uma referência nacional e internacional.
DESAFIOS
O comércio online trouxe algumas mudanças. No entanto, a procura pelos espaços presenciais foi, e é mais do que nunca, o maior valor acrescentado na experiência de compra. Ainda que o digital ofereça facilidade e comodidade, os consumidores hoje querem sair, ter acesso a experiências e entretenimento presencial, conviver com a família e amigos, e isso não é possível através de um computador ou telemóvel. É por isso que os conceitos de omnicanalidade, onde há uma sinergia entre estas duas dimensões, são uma mais-valia para o consumidor, permitindo incorporar o comércio online nos espaços físicos, como na verdade já acontece na grande maioria dos negócios presentes no centro. Continuar a trabalhar nesta evolução, criando espaços multifacetados é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade de crescimento para futuro.
Deste modo, o que os espaços físicos têm para oferecer não existe no digital: a experiência. Seja ela a experiência na área da restauração, que é essencial, o acesso a cultura e entretenimento, a experiência do atendimento personalizado ou a compra tradicional com a possibilidade de experimentação dos produtos.
O que se sente actualmente é que o consumidor não se satisfaz apenas com o canal online e, nesse sentido, os formatos físicos são mais relevantes do que nunca. Ainda assim, sem dúvida que o comércio online é uma ferramenta que permite aos comerciantes melhorar e complementar o serviço ao cliente e, portanto, a sinergia entre os dois formatos é essencial.
O Centro Colombo já tem implementada uma estratégia omnicanal que considera fundamental para a criação dos espaços de retalho do futuro: polivalentes, atractivos e centrados na experiência como elemento-chave para continuar a fazer crescer o negócio.
O Colombo tem uma grande capacidade de adaptação às novas necessidades do mercado. Historicamente, renova mais de 40 lojas por ano, entre novas entradas, remodelações, expansões e revisões de conceitos. É desta forma que procura acompanhar o ritmo de mudança do mercado e das necessidades dos consumidores, potenciando as lojas mais procuradas pelos consumidores, ao mesmo tempo que cria um ambiente virtuoso e com valor acrescentado para os visitantes.
Ao longo dos anos, o espaço tem reforçado o caminho e o posicionamento enquanto agregador de experiências, convidando os visitantes a experimentar mais e oferecendo muito mais do que a resposta funcional de um shopping – proporciona experiências diferentes, sejam elas físicas ou emocionais, tornando a visita de quem passa pelo Colombo mais rica e diferenciada.
FUTURO
O centro comercial no futuro será uma experiência mais integrada, na qual o consumidor satisfaz uma maior diversidade de necessidades. Terá, por isso, espaços mais polivalentes, que conjugam no espaço físico a experiência do atendimento personalizado, contacto com o produto, entretenimento, e socialização, ainda mais potenciados pelas ferramentas digitais.
Paralelamente, e como mencionado antes, o sector da saúde e bem-estar tem estado em crescimento, podendo vir a aumentar a sua diversidade e área dedicada.
Por outro lado, o retalho alimentar é um dos segmentos mais resilientes e com maior capacidade de adaptação, com os consumidores a procurar cada vez mais produtos locais, orgânicos e práticas de desperdício zero. Os food courts vão continuar a evoluir para serem espaços cada vez mais versáteis e para responder a estes novos estilos de vida e de socialização.
O segmento de moda deverá assistir à criação de conceitos icónicos, inovadores, versáteis e ligados às novas tendências. Há um foco em produtos de longa durabilidade e de maior sustentabilidade, e o modelo de lojas pop-up também tem crescido. Além disto, sem dúvida que o lazer e a cultura serão cruciais para diferenciar oferta de experiências.
Assim, o mais importante para o Centro Colombo, em todos os períodos que tem vindo a atravessar, é procurar conhecer e compreender mudanças e evoluções nos consumidores e nos hábitos de consumo. É esse conhecimento e grande capacidade de adaptação que permite responder às necessidades mais imediatas, antecipar futuras tendências e servir sempre o cliente com excelência. Relativamente à actividade, a mesma encontra-se em clara recuperação e já com uma performance próxima dos valores de 2019.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Grandes Espaços Comerciais”, publicado na edição de Julho (n.º 197) da Executive Digest.