Benefícios e flexibilidade são a chave para captar profissionais no pós-pandemia

Com uma taxa de desemprego progressivamente mais baixa, Portugal deverá ter quase 75% da população em idade ativa empregada em 2023, de acordo com dados da Comissão Europeia. Para as empresas, esse assume-se como um desafio maior para captar talento num universo cada vez mais reduzido.

O tema foi debatido numa webtalk contou com a presença de Alexandra Andrade, Diretora-Geral da Adecco Portugal, Hugo Rodrigues, Diretor de Multilingual HR Sites da Majorel, e Marta Melo, Diretora de Recrutamento do Grupo Ageas Portugal.

Para a Adecco Portugal, a flexibilidade no que toca a horários e aos regimes de trabalho, seja remoto, presencial ou híbrido, é uma das estratégias que mais pode ajudar as empresas a atrair e a mantar os seus profissionais. Contudo, também a criação de pacotes de benefícios que se ajustem às necessidades particulares de cada trabalhador é outra das dimensões essenciais dessas estratégias.

Alexandra Andrade, Diretora-Geral da Adecco Portugal, no que toca aos benefícios atribuídos aos trabalhadores, explica que “não é razoável oferecer viatura e um lugar de garagem para uma pessoa que valoriza a sustentabilidade e que vai para o trabalho de bicicleta, tal como oferecer apoio à infância ou cheques-cresce a quem não tem filhos”.

A responsável acrescenta que as empresas devem adotar estratégias de ‘one size does not fit all’, ou “um tamanho não se adequa a todos”, o que significa que as empresas devem fazer corresponder os benefícios que dão aos seus trabalhadores às suas reais necessidades. “É olhar para o indivíduo, detetar as suas necessidades específicas e criar um conjunto de benefícios orientado para a pessoa.”

As três empresas são unânimes na convicção de que o salário deverá ser acompanhado de benefícios que façam com que os trabalhadores se sintam realmente valorizados.

A Majorel, por seu turno, criou o programa “Feel Good”, para identificar áreas a que a empresa deve prestar especial atenção para poder aumentar o bem-estar dos seus profissionais. “Se fosse uma questão de salário financeiro, a questão era simples, pagava-se mais”, explica Hugo Rodrigues, sublinhando que “a chave da retenção” de talento está na conjugação de um bom salário com “uma oferta de condições de perspetivas de carreira, apoio e suporte ao bem-estar das pessoas”.

Marta Melo, do Grupo Ageas, aponta que a empresa está de regresso aos escritórios, mas num modelo híbrido, e que, por isso, tem procurado ajustar a sua estrutura de benefícios. Referindo-se ao programa “Ageas Saudável”, explica que “é um plano assente em quatro pilares: saúde geral, física, mental”, que arrancou em formato totalmente virtual, durante o período de teletrabalho. Inclui, por exemplo, consultas de psicologia, sessões de mindfulness, aulas de ioga e cross fit. Essas atividades serão agora ajustadas ao novo regime de trabalho.

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