Loja do Gato Preto envolvida em esquema de contrabando
A Loja do Gato Preto estará envolvida num esquema de contrabando e falsificação de documentos. Segundo avança a revista Sábado, a empresa de decoração e mobiliário está a ser investigada pelo Ministério Público (MP) devido a alegados incumprimentos na importação de utensílios de mesa e cozinha em cerâmica e é suspeita de omitir o pagamento de impostos aduaneiros no valor de cerca de 412 mil euros.
A investigação tem por base importações de contentores de mercadorias entre A Loja do Gato Preto e uma empresa chinesa, nos anos de 2013 e 2014. Juntam-se ainda suspeitas relativamente a outros negócios com outras companhias da China, entre 2012 e 2018, adianta a revista, segundo a qual a investigação é fruto de uma colaboração das Finanças com o OLAF – Organismo Europeu de Luta Antifraude. Entretanto, também a Autoridade Tributária (AT) se juntou ao caso.
A Sábado cita um relatório da AT que confirma ter sido “possível verificar que existiu um esquema construído e pormenorizadamente organizado de alteração de faturas e documentação por parte da Loja do Gato Preto e do seu fornecedor chinês Choosing com o objetivo de, não só pagar menores taxas de direitos antidumping, como também evitar o pagamento de direitos aduaneiros e consequentemente o IVA sobre esses direitos”.
A Loja do Gato Preto já esteve envolvida anteriormente no caso Furacão pelos crimes de fraude fiscal, que acabaram por ser perdoados depois de aplicada uma multa. Com a nova investigação, a empresa portuguesa foi constituída arguida num processo aberto já em 2017. Também vários funcionários e os dois sócios, Marina Ramos e Mário Tendeiro, são arguidos.