Aston Martin apoia-se na Mercedes para fazer frente à Ferrari… mas “saúde financeira” preocupa analistas

A fabricante britânica de carros de luxo está confiante de que terá boas margens nos próximos tempos, depois de anos de incerteza e percalços. E com a ajuda das capacidades tecnológicas da Mercedes-Benz, o terceiro maior acionista da empresa, com uma participação de 11,7%, a Aston Martin espera poder encurtar a distância da Ferrari e concretizar a transição para os veículos elétricos.

Citado pela ‘Reuters’, Lawrence Stroll, o multimilionário que é também o maior acionista e presidente da fabricante britânica, avança que o facto de as vendas da Aston Martin em 2021 terem registado um aumento de 82% é um sinal de que a marca está, uma vez mais, no caminho da rentabilidade, e que o financiamento está garantido até 2025.

No entanto, os analistas tendem a não partilhar o otimismo de Stroll e, ao invés, adotam uma postura mais cautelosa face à saúde financeira da empresa britânica, que acreditam que continua com despesas demasiado elevadas para as receitas que é capaz de gerar.

Para 2025, a Aston Martin espera chegar a vendas de 10 mil carros por ano, o que significaria um aumento de 40% face ao volume de vendas de 2021. A empresa conta com o apoio da Mercedes-Benz para poder concretizar esse salto, capitalizando sobre a tecnologia da marca alemã, designadamente no setor da mobilidade elétrica, onde espera estrear-se em 2025 com o seu primeiro carro totalmente movido a eletricidade. Mas até lá continuará a lançar novos veículos com motor de combustão.

A Mercedes-Benz adquiriu participação na Aston Martin em outubro de 2020, e tudo indica que até 2023 passe a deter 23% das ações da fabricante britânica.






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