AESE Business School: Uma escola que fala a linguagem da sustentabilidade
«Aquilo que continuamos a promover é a ideia de que vale a pena investir nestes processos de sustentabilidade. Mas os gestores e líderes, em primeiro lugar, têm de acreditar nisto. O mindset tem de estar centrado nisto. Se acreditarem, e se o conseguirem transmitir por opções concretas, as pessoas das suas organizações também vão acreditar», resume a directora do Programa Gestão das Organizações Sociais da AESE Business School, Cátia Sá Guerreiro.
Hoje, o conceito de ESG (Environment, Social, Governance) integra factores não financeiros relevantes, constituindo uma abordagem estratégica que permite analisar, planear e avaliar o desempenho em sustentabilidade. Apesar de não ser uma novidade no universo empresarial, é ainda um desafio porque o impacto do investimento ESG nem sempre é imediato e as organizações trabalham muito para o curto prazo.
«Alguns resultados do investimento ESG têm impacto positivo nas contas e/ou na percepção pública de cuidado com a sustentabilidade – por exemplo a redução de gastos em energia ou alguns consumíveis e adopção de comportamentos saudáveis. Porém, o impacto de grande parte deles, sobretudo os que se prendem com os aspectos de Governance e Social, não é percepcionado no imediato. Em suma, se as organizações optarem por fazer apenas aquilo que é visível e percepcionável a curto prazo, as quick wins, será pouco em relação a tudo o que podem (e devem) fazer em matéria de sustentabilidade», afirma Cátia Sá Guerreiro.
A missão da AESE Business School passa por contribuir para que se vença esta cultura, numa perspectiva de que os resultados serão percepcionados a médio e longo prazo. Assume-se que, apesar de a sustentabilidade ser já parte integrante da agenda das organizações dos mais variados sectores de actividade, é ainda um desafio como forma de estar e de ser.
Olhando para a forma como tem assumido os desafios ESG na sua vivência interna e na proposta formativa que faz no mercado, «conclui-se que se no campo ambiental há uma componente de novidade a que a AESE Business School tem respondido nas diversas áreas – sobretudo na área académica de Operações, Tecnologia e Inovação, com particular foco nas questões de energia e materiais», explica Cátia Sá Guerreiro. Já as vertentes Governance e Social integram a identidade académica desde a origem da escola.
«A governança é uma temática transversal aos conteúdos programáticos da mais antiga escola de negócios de Portugal. Dos três pilares do conceito de ESG, é o mais desafiante e o que aparentemente se vê menos. Faz parte da identidade da escola trabalhar a liderança numa óptica de sustentabilidade, integrando a ética de forma transversal aos processos de liderança e desenvolvimento pessoal dos dirigentes. Desde sempre são promovidos modelos de governança e relações humanas que possam ser promotores de sustentabilidade. Esta filosofia, este carisma, esta forma de estar que são transmitidas nas aulas esteve e está sempre subjacente, desde as aulas de Políticas de Empresa às de Comportamento Humano na Organização», expõe Cátia Sá Guerreiro.
Por outro lado, considerando o conceito de responsabilidade social interna, a abordagem centrada na pessoa, que é própria da aposta pedagógica da AESE e das escolas da rede, é parte do seu modo de ser empresa – não o foco no lucro por si só, mas num propósito de existência que permanece no tempo. «Ora este propósito integra modelos de governança sustentáveis, ética, de responsabilidade social que são transmitidos a todos os que procuram a AESE Business School no desafio da formação», sublinha.
A actual oferta formativa desta Business School estende-se aos diversos sectores de actividade, permitindo dinâmicas intersectoriais promotoras, por exemplo, de iniciativas no âmbito da responsabilidade social corporativa. Incluída nos programas sectoriais, a escola dispõe de formação dirigida a entidades do sector de economia social, numa perspectiva de capacitação dos líderes destas entidades para uma melhor e mais eficiente gestão.
«Tem sido possível, numa dinâmica interna de rede, que alunos pertencentes aos quadros de empresas lucrativas possam participar em programas de voluntariado de competências desenvolvidos em entidades do terceiro sector. Ou seja, disponibilizam o seu know- -how a organizações do sector social, criando-se novas redes», nota Cátia Sá Guerreiro.
Assim, a AESE Business School é promotora de dinâmicas entre o sector lucrativo e o social, numa perspectiva win-win. A economia social ganha, por exemplo, apoio ao nível da gestão financeira, planos de comunicação e marketing, planos de negócio, entre outros, e as empresas assumem desafios de responsabilidade social externa.
Aceitar promover estratégias ESG é encarado pela AESE Business School como uma aposta na competitividade. Cátia Sá Guerreiro indica que «as empresas que olham para estes temas como uma realidade operacionalizável fazem- -no porque vale a pena, porque é o melhor para si e para os outros, e isso torna-as mais competitivas».
O foco da competitividade passa a ser, mais do que os resultados obtidos pelo exercício empresarial, o “melhor”. «Porém, o “melhor” nem sempre é o mais impactante no imediato. O cliente e os públicos, hoje, já não querem só o bom, querem o “melhor”, nos produtos e serviços e nas práticas e missão das organizações. Ser competitivo passa por aceitar e concretizar estes desafios de mudança paradigmática em que o que é “melhor” e o que “vale a pena” se tornam decisivos», afirma Cátia Sá Guerreiro.
No fundo, a AESE Business School tem como objectivo final a promoção de lideranças com propósito, sentido e uma missão que se concretiza com o tempo e se preocupa com a pessoa. «É a linguagem da instituição e é a linguagem da sustentabilidade», conclui.
PROGRAMAS À MEDIDA
Além do Executive MBA, dos Programas Executivos, Sectoriais e de curta duração, em que os temas ESG são abordados transversalmente nas diversas áreas académicas, a AESE Business School organiza seminários, onde a sustentabilidade e os desafios ESG surgem como temas de agenda. Paralelamente, a pedido de empresas, podem até mesmo ser desenvolvidas ofertas formativas adaptadas, capazes de responder a desafios específicos das organizações.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “MBA, Pós-graduações & Formação de Executivos”, publicado na edição de Março (n.º 192) da Executive Digest.