Guerra na Ucrânia representa riscos para as ações europeias, alerta Goldman Sachs
Devido à intensificação da situação de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o Goldman Sachs cortou esta sexta-feira as previsões para o nível do principal índice europeu que deve enfrentar riscos devido ao conflito.
“Perante o conflito, o aumento da aversão ao risco – alguma da qual deve permanecer – e o impacto do conjunto crescimento/inflação reduzem os nossos preços-alvo”, diz Sharon Bell, economista do Goldman Sachs em declarações à ‘Reuters’, sobre os índices de ações.
A previsão do banco dos EUA agora é que o índice europeu STOXX 600 atinja os 490 pontos daqui a 12 meses, face ao alvo anterior de 530 pontos.
Esta sexta-feira o índice abriu em alta, seguindo a subir 1,7% para 446 pontos, depois de na quinta-feira ter fechado a 438 pontos, dia em que a guerra começou e em que as ações europeias afundaram para mínimos de nove meses.
Apesar de uma redução da previsão para o índice europeu, o Goldman Sachs aumentou as previsões para o índice britânico FTSE 100 para 8.100 pontos, face a 7.900 pontos, devido à reduzida exposição deste ao setor tecnológico, segundo a ‘Reuters’.
Recorde-se que as tropas russas estão cada vez mais próximas da capital da Ucrânia, Kiev, e o Presidente do país Volodymyr Zelenskiy, pediu mais ajuda à comunidade internacional, dizendo que as sanções anunciadas não são suficientes para travar os russos.
Vários países já tinham anunciados sanções antes de a guerra ter começado no início da semana, mas mais recentemente já vieram reforçá-las. Os EUA, o Reino Unido, o Japão, o Canadá e a Austrália, assim como a União Europeia, são os países que já anunciaram várias sanções contra a Rússia.