O que pretendem os funcionários das empresas no pós-pandemia?

O Grupo Adecco realizou um inquérito que compreendeu 155 empresas de mais de 10 países e concluiu que as perspetivas dos profissionais não estão em linhas com as das firmas.

A razão desta diferença de perspetivas tem a ver com a pandemia e com o facto de esta ter mudado o que os profissionais procuram dos seus empregadores.

Fatores relacionados com a saúde, o bem-estar e a segurança passaram a ser fatores de topo para os profissionais, mas as empresas continuam a desconsiderar este setor. Os funcionários passaram a dar prioridade à flexibilidade dos empregadores em termos de horários e de local de trabalho, valorizando a disponibilidade para trabalho remoto ou híbrido.

Em termos de salários, o inquérito concluiu que, para 52% dos colaboradores, é considerado um fator de motivação principal. Já para as empresas, essa percentagem está nos 72%. As gerações mais novas são mais atraídas pelo valor dos rendimentos, enquanto as gerações mais velhas se mostraram mais interessadas pelo conteúdo e ambiente do trabalho.

As empresas prezam muito a sua reputação e por isso, colocam esse fator em sétimo lugar de importância, enquanto para os colaboradores ocupa apenas o 16º lugar.

A maioria das empresas inquiridas disse que o seu estilo de liderança era focado nos resultados, contudo, esse modo empresarial nem entrou no pódio dos funcionários. Estes disseram identificar-se mais com o estilo de liderança que dá prioridade ao bem-estar dos trabalhadores.

Por fim, o inquérito concluiu que o recrutamento por meios digitais é o método preferencial dos profissionais, ao contrário das empresas que preferem voltar às entrevistas presenciais.

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