Explicador: Cinco chaves para investir em Bitcoin e outras criptomoedas

A (suposta) grande vantagem destes ativos digitais sobre os ativos convencionais – defendidos com paixão pelos seus seguidores – é que a validação das operações é feita de forma descentralizada. Víctor Alvargonzález, sócio fundador e diretor de estratégia da Nextep Finance, ajuda, através de cinco pontos, a investir em criptomoedas.

1 – Como investir? – A operação de contratação de criptomoedas não é muito diferente da de compra de ações. Existem sites especializados na venda desses ativos. Entre os mais utilizados estão Binance, Coinbase, E-Toro, Bitpanda ou a Bit2me. A escolha de uma plataforma comprovada é essencial, uma vez que são ativos não regulamentados. É, também, importante que o preço em que a criptomoeda é obtida seja ajustado ao preço médio de mercado e que as comissões sejam moderadas;

2 – Que ativo escolher? – O mais óbvio é comprar Bitcoin. Foi a primeira criptomoeda criada, há 13 anos, e também a que mais atraiu dinheiro. Com mais utilizadores, mais investimentos e transações, é a criptomoeda com mais liquidez. A seguir há a Ethereum. Este ativo digital, além de ser uma moeda, também é a base para a elaboração de contratos inteligentes. Dos mais populares, estão também, a Binance Coin e a Dogecoin, uma moeda que começou quase como um meme e que hoje está entre as dez mais populares;

3 – Há fundos? – Como as criptomoedas ainda não são um ativo regulamentado, os fundos convencionais não podem investir diretamente neles. No entanto, pouco a pouco, têm encontrado lacunas através das quais é possível criar uma ligação para a indústria financeira. As várias plataformas permitem a aquisição de criptomoedas mediante contratos por diferencias (CFD). Além disso, a UE começou a autorizar alguns Hedge Funds que investem em ativos digitais;

4 – E fraude? – Embora estejam a ser tomadas medidas para a sua regulamentação, este ainda é um campo de areia movediça onde é preciso ter-se cuidado para não ser vítima de um golpe. Nos EUA, Kim Kardashian foi denunciada por promover a criptomoeda Ethereum Max, que logo perdeu 97% de seu valor. Em Espanha, a CNMV repreendeu publicamente o jogador de futebol Andrés Iniesta por anunciar nas suas redes sociais a Binance, sem se lembrar que as criptomoedas são um ativo não regulamentado e que implicam riscos significativos devido à sua forte flutuação;

5 – Quanto investir? – Alberto Gordo, da Protein Capital, explica que abriram um escritório em Miami porque “o debate entre os clientes de private banking não é sobre investir ou não em criptomoedas, mas sim, quanto investir”. De qualquer forma, os consultores financeiros lembram que este é um investimento extremamente especulativo, por isso, nunca deve representar mais de 10% dos ativos financeiros disponíveis.

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