Aumento dos custos dos materiais torna os projetos de escritórios mais caros em média 25%

A subida dos custos dos materiais de construção, com acréscimos de dois dígitos, tornou-se um dos pontos de maior tensão no mercado imobiliário nos últimos meses.

De acordo com o ‘elEconomista’, além do impacto que está a ter nos empreendimentos residenciais, os escritórios e o retalho estão a ser fortemente afetados por este aumento, sendo atualmente os dois segmentos mais prejudicados neste aspecto.

Os projetos de escritórios e de retalho tiveram um aumento médio dos orçamentos entre 20% a 25% em relação aos números registados antes da pandemia, segundo dados do CBRE e do Bovis.

De acordo com o relatório realizado pelas duas consultoras, o setor residencial fica logo atrás, com aumento de custos de 11%, seguido da logística, cujas obras ficaram mais caras em média entre 8% e 10%.

A par disso, o estudo aponta ainda que, no mercado da reabilitação, o aumento dos materiais teve um impacto ascendente de 12%, enquanto no segmento da construção civil foi de 17%.

“No último ano, e principalmente no primeiro semestre de 2021, houve um aumento notável nos custos da maioria dos materiais de construção, com subidas acima de dois dígitos em quase todos eles e, em alguns casos, como na carpintaria de madeira ou alumínio, atingindo aumentos de mais de 50% ”, explica Alberto de Frutos, diretor geral de Gestão de Projetos da Bovis.

Segundo o especialista, “esta situação está a gerar tensões significativas num grande número de obras em curso, fundamentalmente aquelas que foram contratadas antes de 2021 e, portanto, numa situação de preços muito mais baixos”.

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