Dívida externa portuguesa cai para 84,5% no final do terceiro trimestre

A posição de investimento internacional (PII) de Portugal tornou-se menos negativa em setembro deste ano, dá conta o Banco de Portugal esta sexta-feira.

De acordo com a instituição, o saldo entre os ativos financeiros sobre o exterior detidos por residentes e os passivos emitidos por residentes e detidos pelo resto do mundo passou de -106,4% do PIB (-212,8 mil milhões de euros) no final do ano passado, para -100,4% do PIB (-207,4 mil milhões de euros) no final de setembro deste ano.

Quanto à dívida externa líquida de Portugal, que resulta da subtração à PII dos instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, a percentagem caiu para 84,5% no final do terceiro trimestre deste ano, face aos 88,1% do PIB registados no final do ano passado.

Entre as dinâmicas que levaram à variação da PII estão o contributo positivo das variações cambiais (2,1 mil milhões de euros), como a apreciação do dólar americano, do kwanza de Angola, do metical de Moçambique e da libra esterlina, com impacto no aumento do valor em euros dos ativos externos, expressos nestas divisas, detidos por residentes, além do contributo igualmente positivo das variações de preço (1,7 mil milhões de euros), com destaque para a desvalorização dos títulos de dívida pública portuguesa na posse de não residentes e, em sentido contrário, para a valorização de títulos de capital de empresas portuguesas do mesmo grupo detidos por entidades não residentes.

Além disso, o Bdp salienta ainda o contributo positivo das transações de 1,5 mil milhões de euros.

De acordo com o organismo, o crescimento do PIB também contribuiu para a redução da posição negativa da PII em percentagem do PIB.

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