A estratégia da Comissão Europeia para uma IA mais ética
Ciente de que a Inteligência Artificial (IA) pode beneficiar um conjunto alargado de indústrias, desde a saúde à energia, agricultura e gestão de risco, a Comissão Europeia tem em marcha um plano que visa responder às questões éticas e legais que decorrem desta evolução tecnológica. Segundo a comissão, a Inteligência Artificial ajuda a detectar fraudes e ameaças informáticas mas também acarreta desafios no que respeita o futuro do trabalho, por exemplo.
O plano, revelado pela Comissão Europeia em comunicado, assenta em três eixos. O primeiro estabelece os sete ingredientes-chave para alcançar a tão necessária confiança em sistemas de Inteligência Artificial, nomeadamente respeito pelas leis e regulamentos existentes. Além disso, é exigido que os cidadãos tenham controlo total sobre os seus próprios dados, que as ferramentas que recorram a esta tecnologia sejam transparentes e que não discriminem ou diminuam de alguma forma os direitos humanos, entre outros.
O segundo eixo envolve o lançamento de um projecto-piloto em parceria com um leque alargado de stakeholders. Previsto para o Verão deste ano, o projecto abrangerá as empresas, administrações públicas e organizações que façam parte da European AI Alliance.
O último eixo diz respeito à construção de um consenso internacional relativamente à forma de abordar a Inteligência Artificial: a Comissão Europeia acredita que esta tecnologia deve ser encarada de um ponto de vista centrado no humano e que esta deve ser a linha orientadora de todos os projectos que nasçam com base nesta tecnologia.