‘Cromos virtuais’? Lendas do futebol Del Piero, Christian Vieri e Batistuta lançam coleção NFT da Binance

A Binance NFT, a plataforma de ‘tokens’ não fungíveis da maior ‘exchange’ de criptoativos do mundo, anunciou uma nova coleção de ativos virtuais desta natureza, que conta com a colaboração das estrelas do futebol italiano, Alessandro Del Piero e Christian Vieri, e a lenda do futebol argentino, Gabriel Batistuta.

A coleção ‘Mystery Box’, disponibilizada através do TOPGOAL, consiste na venda de cartas de jogo  NFT, com momentos históricos que brindam a carreira dos três jogadores. A carteira é lançada dia 15 de novembro.

A ‘Mystery Box’ é um produto mais económico da Binance NFT, que os utilizadores da ‘exchange’ podem comprar, e através da qual conseguem um ´token’ não fungível aleatório.

A coleção TOPGOAL Mystery Box NFT intitulada ‘Return of Legends S2’ conta com mais de 12 mil cartas de jogo NFT e estará disponível em exclusivo na Binance NFT.

As caixas misteriosas contêm três classificações, mediante o nível de raridade: ‘Raro’, ‘Épico’ e ‘Lendário’ e contam com tecnologia ligada às finanças descentralizadas (DeFi). No total, existirão 12.003 NFT, com 24 versões.

Para além de cada ‘Mistery Box’, cada um dos jogadores vai leiloar um NFT com classificação ‘Legendary’.

Para celebrar a ocasião, Alessandro Del Piero vai juntar-se ao CEO da Binance, Changpeng Zhao, para um evento virtual ‘Ask Me Anything’ (AMA) no canal da Binance no YouTube, no dia 15 de novembro.

 

A corrida das plataformas aos NFT não para 

A corrida das plataformas aos NFT não para. Ontem foi a vez do cofundador da Coinbase Global, Brian Armstrong, defender, em entrevista à Bloomberg que o mercado de NFT pode concorrer ou até superar as criptomoedas e anunciar um novo serviço ligados aos ‘tokens não fungíveis’.

“Estamos muito entusiasmados com os NFT, esta vai ser uma área com muito sucesso”, comentou Armstrong, em entrevista à Bloomberg, durante a qual admitiu mesmo que “este mercado possa ser mesmo maior que o das criptomoedas”.

A Coinbase planeia abrir o seu próprio mercado NFT, onde as pessoas poderão negociar arte digital e outros itens, no próximo trimestre ou semestre.

Segundo o executivo, a plataforma recebeu mais de 2,5 milhões de email de utilizadores que procuravam inscrever-se no mercado, desde que foi anunciado pela primeira vez em outubro.

A maior plataforma NFT do mundo, a OpenSea, detém cerca de 236.000 endereços exclusivos de utilizadores interagindo com ele nos últimos 30 dias, de acordo com o rastreador de dados DappRadar. A Coinbase é um investidor na OpenSea.

Também o Twitter disse recentemente que permitiria que os utilizadores autenticassem a arte NFT nos seus perfis. O site social acaba de contratar Tess Rinearson, que anteriormente liderou o desenvolvimento de software usado em projetos como cosmos, para liderar um grupo focado em cripto e tecnologias relacionadas.

Entretanto, o Facebook, agora batizado de ‘Meta’  está a testar uma nova carteira crypto, que também pode ser usada para armazenar NFT.

 

Mas afinal o que é um NFT?

Os NFT são atualmente uma das maiores tendências dos mercados dos criptoativos, tendo duplicado o número de transações deste produto entre 2020 e 2021. Atualmente as vendas deste tipo de artivos virtuais já renderam 389 milhões de dólares (contra os 250 milhões de dólares contablizados no ano passado).

A sigla NFT deriva do termo anglo-saxónico “Non-fungible token” que se pode aproximar para portugês para algo como um Ativo Virtual Não Fungível.

Os tokens não-fungíveis, ou NFT’s – como são conhecidos, são, arquivos digitais (ou arte digital) com identidade e propriedade verificados. Estes ativos podem ser imagens virtuais, desde GIF’s a JPEG’s, músicas, itens dentro de videojogos, terrenos virtuais, vídeos, ou qualquer elemento que seja virtual e autenticável.

A sua não-fungibilidade significa que são únicos e não podem ser substituídos por outros, e este é um dos fatores que tem contribuído para as somas avolutadas que têm transacionado na Internet. A exclusividade desperta sempre a curiosidade, e já sabemos que quando uma se junta à outra, por norma, o preço dispara.

O que garante a exclusividade e propriedade dos NFT’s é a tecnologia blockchain, um sistema inalterável baseado na matemática da cripografia, sendo que a maior parte destes tokens faz parte da blockchain Ethereum. Esta criptomoeda funciona como a famosa bitcoin, mas a sua blockchain armazena informações extras que suportam os NFT’s de forma inequivoca. Já há quem prefira estes tokens à arte convencional, pois ao ser 100% digital não se deteora, como acontece com o passar dos anos aos ativos físicos.

 

Milhões, milionários e artistas

A visibilidade dos NFT’s tem ganho cada vez mais expressão entre filantropos, empresários, colecionadores de arte e excentricos milionários. E o mercado, apesar de digital, funciona como os demais. Se há procura, vai existir oferta, e se a primeira é maior do que a segunda, o valor sobe.

 

Vamos vender NFT’s e ficar todos milionários?

Apesar de ser um mercado em expansão e com muita procura neste momento, o risco de haver uma inundação de oferta torna o risco deste negócio muito elevado. Se, por um lado, o valor das criptomoedas é altamente volátil, podendo gerar perdas ou ganhos de milhares em apenas minutos, por outro o excesso de oferta poderá levar à fuga dos investidores, ou mesmo ao abandono deste tipo de arte.

Criar um NFT hoje em dia não é algo complexo, existindo diversas plataformas que os transacionam e auxiliam em todo o processo, mas com a popularidade que estes ativos têm ganho torna-se difícil criar algo que se destaque dos demais. Os grandes artistas partem com uma vantagem – digitalizar e autenticar as suas já conhecidas obras e (re)vender a preços astronómicos.

Veremos a curto prazo se a tendência de crescimento será para manter ou se estamos perante mais uma bolha que implodirá e deixará muitos investidores com ativos pouco lucrativos nas mãos. Para já, os dados são animadores, no terceiro quadrimestre de 2021 mais de 10 mil milhões de euros foram transacionados em NFT’s.

 

 

 

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