Subway acusada de vender produtos “100% de atum” que continham frango e porco
A Subway está a ser acusada de enganar os seus clientes devido a um dos produtos de atum vendidos em alguns restaurantes, depois de testes de laboratório terem confirmado que contêm proteína animal de frango, porco e vaca, e não o anunciado “100% atum”, segundo a ‘Reuters’.
Karen Dhanowa e Nilima Amin avançaram pela terceira vez com uma ação coletiva no Tribunal Federal em São Francisco, no estado norte-americano da Califórnia.
A Subway regiu num comunicado afirmando que rejeita o processo “imprudente e impróprio”, garantindo que se tratava de “atum 100% selvagem de alta qualidade” devidamente regulamentado nos Estados Unidos e no mundo.
Desde o início do caso, que remonta a janeiro, a Subway tem investido em anúncios televisivos bem como num site em defesa do atum vendido nos seus restaurantes.
A queixa original alegava que os artigos de atum da Subway eram “desprovidos” de atum, com uma queixa subsequente a garantir que os peixes não eram capturados de forma 100% sustentável.
O processo de 8 de novembro baseia-se em testes feitos por um biólogo marinho de um total de 20 amostras de atum retiradas de 20 restaurantes Subway no sul da Califórnia.
O documento refere que 19 amostras “não tinham sequências detetáveis de DNA de atum”, enquanto todas as 20 continham DNA detetável de frango, 11 continham DNA de porco e 7 continham DNA de vaca.
O caso ganha outra dimensão atendendo a que muitas pessoas não podem comer vários tipos de carne devido a alergias e intolerância ou questões religiosas.
A reclamação menciona que as análises comprovaram que a empresa rotulou erroneamente os seus produtos de atum, “enganando” os consumidores para que pagassem preços especiais.
Amin revelou ainda que, entre 2013 e 2019, consumiu produtos de atum da Subway mais de 100 vezes, tendo verificado sempre o menu para confirmar que estava a consumir “apenas atum”.