Galp quer implementar na Península Ibérica 10 mil postos de carregamento para EV até 2025
Teresa Abecasis, administradora da Galp, recordou hoje, durante a sua intervenção na 21.ª conferência da Executive Digest, que “viemos de uma guerra, onde a resposta da sociedade foi no mínimo inspiradora. Isto dá-nos otimismo que a humanidade consegue resolver desafios”, sendo as alterações climáticas o desafio a seguir à pandemia.
“Nós vivemos um contexto de transição energética, temos este desfaio de uma geração, depois da covid-19, ninguém tem dúvidas que o nível das aguas do mar está mais alto, temos um tema que sociedade está mais que mobilizada, mas sozinhos vai ser difícil fazer esta mudança.
A primeira ideia para a nova economia pós-pandemia de Teresa Abecasis é investir em conhecimento e inovação, recordando “durante a Web Summit lançámos uma iniciativa de 189 milhões de euros para projetos de investigação. A AIE diz que 40% das soluções para transição energética ainda não foram inventadas, assim vamos criar estes recursos e melhorar os restantes 60% que já existem, para que sejam só de acesso exclusivo ao mundo desenvolvido, mas também para os países em desenvolvimento”.
O segundo fator para restaurar a economia, apontado pela administradora da Galp é a mobilidade. “As pessoas estão focadas na sustentabilidade, no aproveitamento do seu tempo, a Galp aposta na mobilidade elétrica. Queremos ter 10 mil pontos de carregamento para EV até 2025”, anuncia Teresa Abecasis.
“A última ideia é o regresso a da economia e reindustrialização de Portugal. “Como país podemos fazer muito mais e reinventar, existe um PRR que prevê projetos nesta área e que deve ser utilizado em alguns projetos de reindustrialização”, frisa a executiva, que aproveitou o momento para lembrar que “investir em eletricidade através de energias renováveis não resolve o problema, já que eletricidade é só 15% do gasto, precisamos de outro tipo de combustíveis”, remata Abecasis.
“Queremos apostar na refinaria de lítio, produção hidrogénio verde, primeiro ligados à nossa refinaria e depois com unidades descentralizadas”, promete a administradora da Galp.