Puma sobe perspetivas de vendas apesar de desafios de abastecimento
A Puma anunciou esta quarta-feira que subiu a sua previsão de vendas para este ano, apesar dos constrangimentos decorrentes de um bloqueio da cadeia de abastecimento devido à Covid-19 no Vietname, ao congestionamento de portos e escassez de contentores, avançou a ‘Reuters’.
As fábricas no Vietname, considerado um dos maiores fornecedores para a indústria do calçado, tiveram de ser encerradas na sequência da eclosão de surtos de Covid-19; contudo, os proprietários das fábricas esperam retomar totalmente as operações a partir do segundo semestre do próximo ano.
O presidente-executivo da Puma, Bjorn Gulden, mencionou que a empresa também enfrenta dificuldades devido ao congestionamento dos portos e a escassez de navios porta-contentores, que aumentaram os custos de envio, a par de uma “situação de mercado muito difícil” na China.
“Prevemos que a alta procura pelos nossos produtos continue, mas também vemos que as restrições de oferta continuarão a ser um problema no resto do ano”, explica o executivo num comunicado.
As vendas do terceiro trimestre aumentaram 20,4% com ajuste cambial para 1,9 mil milhões de euros, enquanto o lucro operacional disparou para 229 milhões de euros, acima da média das estimativas avançadas pelos analistas.
As vendas da Puma cresceram 31% nas Américas e 22% na Europa, Oriente Médio e África, tendo aumentado somente 1,7% na Ásia / Pacífico devido às tensões em curso na China e bloqueios em mercados como o Japão.
No final de março, marcas ocidentais como a Puma enfrentaram ataques online na China devido a ameaças sobre a interrupção da compra de algodão de Xinjiang após relatos de abusos dos direitos humanos contra muçulmanos uigures.
A Puma indicou ainda que espera que as vendas ajustadas para o ano inteiro aumentem pelo menos 25%, acima da previsão anterior de pelo menos 20%.
Por sua vez, a rival Nike cortou as suas expectativas de vendas fiscais para 2022 no mês passado, mencionando atrasos durante a temporada de compras natalícias devido à crise na cadeia de abastecimentos.