Cumpre-se a profecia do Morgan Stanley: Tesla passa barreira de 1 bilião de dólares e Musk ganha 36 mil milhões de dólares
Esta terça-feira, às 1653 de Lisboa, o preço por ação da Tesla subiu 7,7% para os 1.032,51 dólares, ultrapassando a barreira de 1 bilião de dólares, em capitalização bolsista.
Com esta notícia, o património líquido de Elon Musk engordou com mais 36,2 mil milhões de dólares, para um total de 289 mil milhões de dólares. Quem não teve tanta sorte foi Jeff Bezzos que perdeu 751 milhões de dólares, mantendo mesmo assim a segunda posição no Bloomberg Billionaires Index, atrás do autodenominado “imperador de marte”.
Esta movimentação no património do maior multimilionário do mundo surge depois de a Tesla vender 100 mil veículos à empresa de aluguer Hertz.
Quatro meses após a operação norte-americana da Hertz Global Holdings sair com sucesso do processo de falência, a empresa de aluguer de automóveis, encomendou 100.000 veículos da Tesla, de acordo com uma fonte próxima do assunto, contactada pela agência Bloomberg.
Esta é a maior compra individual do mercado de uma frota de veículos elétricos (VE), com a qual a marca automóvel de Elon Musk vai arrecadar 4,2 mil milhões de dólares, correspondendo a cerca de um décimo da produção anual da Tesla.
Os automóveis serão entregues nos próximos 14 meses. As unidades do Model 3 da Tesla vão estar disponíveis para aluguer nas lojas da Hertz nos principais mercados dos Estados Unidos e em alguns países da Europa, a partir do início de novembro.
Para corresponder às necessidades desta frota, a Hertz vai ainda investir ainda numa infraestrutura de carregamento.
Esta iniciativa faz parte do plano de eletrificação de quase 500 mil veículos do grupo. Esta é a marca “verde” dos novos proprietários da Hertz, a Knighthead Capital Management e a Certares Management.
Há alguns dias, o banco Morgan Stanley emitiu uma missiva, onde afirma que o desenvolvimento tecnológico da empresa de turismo espacial de Elon Musk tem “tem o potencial de transformar as expectativas dos investidores em torno da indústria espacial”, escreveu Adam Jonas, analista do Morgan Stanley, numa nota enviada aos investidores esta segunda-feira.
“Como uma vez disse um cliente, falar sobre o Espaço sem a Starship é como falar sobre a internet antes do Google’”, acrescentou Jonas.
Na opinião do Morgan Stanley, a empresa de Musk criou um “volante duplo” de desenvolvimento de tecnologia com foguetões reutilizáveis, a que acresce os satélites de outra empresa do autodemoninado “im“erador de marte”, a Starlink.
O banco alicerça grande parte da avaliação da SpaceX no potencial de ganhos da rede de internet por satélite Starlink, que Musk disse anteriormente que poderia arrecadar em receita de até 30 mil milhões de dólares por ano.
“Vemos os recursos de lançamento da SpaceX e da Starlink como indissociáveis”. O banco norte-americano acredita que na próxima década a empresa de satélites vai gastar 33 mil milhões de dólares em custos operacionais, esperando um fluxo de caixa positivo só em 2021.
Esta avaliação do banco, confirma a sua previsão do ano passado, quando a Spaxe X apenas estava perto dos 44 mil milhões de dólares.
“Já vários clientes nos disseram que se Elon Musk se tornasse o primeiro “trillionaire”, não será por causa do Tesla, mas sim devido ao crescimento da Space X e Starlink. Por outro lado, há inclusive que acredite que a SpaceX pode eventualmente ser a empresa mais valorizada do mundo – em qualquer indústria”, rematou Jonas.