Acusações de suborno obrigam governador do BCE a demitir-se

Peter Kazimir, membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu, foi acusado de suborno na Eslováquia, enfrentado agora pressões para deixar o cargo, de acordo com a ‘Bloomberg’.

O governador, que dirige o banco central do país, rejeitou as acusações de que tem sido alvo, e vai apresentar uma queixa contra as mesmas, segundo o seu advogado Ondrej Mularcik.

“Não me sinto culpado de nenhum crime”, comentou Kazimir num comunicado emitido pela instituição ontem, terça-feira, sublinhando que as acusações são infundadas.

Problemas legais no conselho de governadores não é um assunto novo.

Na última década, governadores da Letónia, Chipe e Eslovénia enfrentaram que levantaram preocupações no BCE quanto à independência do banco central.

De acordo com a legislação da UE, os governos estão proibidos de demitir banqueiros centrais, a menos que seja dada como provada uma granves falhas de conduta.

As acusações de corrupção contra Kazimir estão relacionadas com a sua passagem pelo ministério das finanças do governo do primeiro-ministro Robert Fico, que saiu do poder em 2020, de acordo com o jornal Sme.

Kazimir, que tem enfrentado pressões políticas para renunciar à medida a investigação se desenrola, é o membro do mais alto escalão do gabinete eslovaco anterior a ser envolvido numa campanha anticorrupção do governo.

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