Randstad Insight: Randstad Workmonitor – Primeiro trimestre 2018
Trabalhar no escritório durante as horas de expediente ainda é usual, mas há uma forma mais ágil de trabalho a caminho.
Trabalhar no escritório ainda é a norma. Ao contrário do que se pensa, a forma tradicional de trabalhar, ou seja, no escritório durante as horas de expediente, continua a ser comum no último Randstad Workmonitor. Em termos globais, 68% dos inquiridos concordam com este sentimento, com a Índia (85%) a atingir a percentagem mais alta e a Holanda (47%) a percentagem mais baixa. Dito isto, existe uma mudança clara para uma forma mais ágil de trabalhar, ou seja, a partir de vários locais e fora do horário normal de expediente. Na Índia e na China a mudança é mais alta (69% e 66%) e na República Checa mais baixa (28%). Quarenta e um por cento dos inquiridos reportaram estar já a trabalhar num ambiente ágil real, com a Índia mais uma vez na linha da frente (64%) e o Luxemburgo e a Grécia (com 27%) no extremo mais baixo da escala.
Equilíbrio entre a vida profissional e pessoal
Oitenta e dois por cento dos inquiridos gostam de horários flexíveis, já que lhes permite manter um bom equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal e 81% afirmam que melhora a sua produtividade, criatividade e satisfação no emprego. Por outro lado, 44% indicam que causa muita pressão na sua vida pessoal, já que nunca parecem estar totalmente “desligados” do trabalho. Notavelmente, 47% dos inquiridos masculinos sentem isso, enquanto 40% das mulheres o afirmam.
Localização do trabalho
Sessenta e cinco por cento dos inquiridos preferem trabalhar a partir de casa ou de outro local ocasionalmente, e 56% declaram que o seu empregador lhes fornece o equipamento tecnológico para tal. Sessenta e quatro por cento dos inquiridos afirmam que preferiam trabalhar a partir de casa ou de outra localização, mas infelizmente não têm meios para tal. Por fim, 59% preferem trabalhar no escritório e, neste aspecto, a Índia lidera com 81% e a Holanda tem a classificação mais baixa, com 47%.
Contacto pessoal
De forma a estarem informados e alinhados com os colegas, 69% dos inquiridos globais indicam que têm regularmente reuniões presenciais, versus 36% que revelam que têm reuniões virtuais com as equipas através de videoconferência. A Índia (74%) e a China (70%) têm as classificações mais altas nas reuniões virtuais, e a Áustria, a Hungria (ambas com 20%) e o Luxemburgo (15%) têm as classificações mais baixas.
Autonomia no trabalho
No que toca a ter liberdade para organizar e definir prioridades no seu próprio trabalho, 66% dos inquiridos afirmam que a têm, enquanto 48% revelam que o seu trabalho é organizado pelo gestor e 56% explicam que é o seu gestor que lhes indica o que fazer. A autonomia no trabalho aumenta com a idade.
Índice de Mobilidade
Com uma classificação de 109 no Índice de Mobilidade, o número de colaboradores globais que esperam trabalhar para um empregador diferente nos próximos seis meses permaneceu estável em comparação com os últimos dois trimestres. A Mobilidade aumentou mais na Noruega (+7), Singapura (+5) e Alemanha (+4). As maiores quedas na mobilidade encontram-se no Canadá (-7), Turquia (-6) e Itália (-5). Argentina, Chile, China, Hong Kong, Índia, Dinamarca, Hungria e Portugal não mostram quaisquer alterações na mobilidade.
Mudança de emprego
A mudança de emprego desceu ligeiramente para os 22% e mais uma vez é a Índia a ter o maior aumento (44%), seguida da Malásia (39%). Em comparação com o último trimestre, a mudança de emprego aumentou no Canadá, Chile, Hong Kong, Hungria, Malásia, México, Nova Zelândia, Polónia e Turquia. Na República Checa e na Dinamarca, a mudança de emprego diminuiu em comparação com o último trimestre. No Luxemburgo, a mudança de emprego continua a ser a mais baixa (6%).
Mudar de emprego
A vontade de mudar de emprego aumentou em Hong Kong, Índia, Noruega, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos da América e diminuiu na Itália, Japão, Espanha e Holanda, em comparação com o último trimestre. A vontade de mudar de emprego é mais alta na Índia (45%) e mais baixa na Turquia (15%).
Satisfação profissional
Em comparação com o trimestre anterior, a satisfação profissional aumentou na Áustria, Hungria, Japão, Suécia e Reino Unido. Nenhum país demonstra uma diminuição na satisfação profissional. Tal como no último trimestre, a satisfação profissional é mais alta no México (84%) e mais baixa no Japão (45%).
Estudo publicado na Revista Executive Digest n.º 145 de Abril de 2018.