Coca-Cola vs. Ronaldo: Afinal o capitão da seleção não foi responsável pela desvalorização das ações
No início desta semana, o capitão da seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo, protagonizou um momento caricato, durante a antevisão do jogo entre Portugal e a Hungria. O internacional português afastou duas garrafas de Coca-Cola e colocou junto de si uma garrafa de água, dando a entender que tal era mais saudável. Nesse mesmo dia, as ações da empresa chegaram a cair 1,7% durante a sessão.
O gesto foi visto por milhões de pessoas em todo o mundo e replicado por um jogador da seleção francesa, que durante uma conferência de imprensa, também ela no âmbito do Euro 2020, afastou uma garrafa da Heineken. No entanto, ao contrário do que aconteceu com a Coca-Cola, as ações da empresa fecharam com uma subida de mais de 1%. Afinal o que aconteceu ao certo?
A realidade é que não é possível estabelecer um nexo de casualidade financeira, entre o gesto de Ronaldo e a desvalorização das ações da marca de refrigerantes, dado que, como explica o site Entrepreneur, a empresa entrou num período de distribuição de dividendos dois dias antes, o que implica sempre a perda de valor de cada título, já que do preço final de cada ação é retirada a fração que será encaminhada para os acionistas.
Quando a bolsa de valores abriu na Europa, cada ação da marca valia cerca de 46,28 euros, meia hora depois, e coincidentemente após o gesto de Ronaldo, passou a valer 45,55 euros. A realidade é que o capitão da seleção falou aos jornalistas, pouco depois da abertura da sessão, o que eleva ainda mais a possibilidade de tal não passar de uma coincidência.
No total, a empresa sofreu uma desvalorização de cerca de 199 mil milhões de euros e o valor desceu para cerca de 196 mil milhões, ou seja, uma diferença de três mil milhões de euros.