Pequim intensifica cruzada contra “mundo negro das criptomoedas”: Já prendeu 1.110 pessoas por “lavagem de dinheiro”
Pequim continua a sua perseguição ao “mundo negro” das criptomoedas, tendo já detido mais de 1.100 pessoas suspeitas de utilizar este ativo e a sua tecnologia de blockchain para lavar dinheiro.
A polícia chinesa prendeu mais de 170 grupos criminosos em 23 províncias, regiões e cidades, informou o Ministério da Segurança Pública do país em comunicado.
De acordo com a nota publicada pelo Executivo, os suspeitos recrutaram alegadamente terceiros para converter fundos ilícitos, que circulavam em moeda fiduciária para criptomoedas, que depois transferiam para carteiras digitais.
Para a Associação chinesa de Pagamentos & Compensação, as plataformas de criptomoedas “são cada vez mais um importante canal para a lavagem de dinheiro entre fronteiras”, conforme pode ler-se num documento publicado pela organização no seu site, em reação a esta notícia.
De acordo com a Bloomberg, o Grande Firewall da China tem censurado desde a passada quinta-feira várias pesquisas na internet que tenham em vista transações de criptomoedas em exchanges populares, como a Binance e a Huobi.
Nos últimos meses Pequim não tem escondido a sua intenção de apertar o cerco às criptomoedas, ao mesmo tempo que promove a sua própria moeda estatal, o yuan digital. Em maio, três órgãos reguladores do setor proibiram os bancos e as empresas de pagarem de negociarem com tais ativos, afirmando que a Bitcoin, assim como as Altcoins, “podem ser prejudiciais para o mercado financeiro nacional”.
Depois desta notícia várias moedas digitais, inclusive a “criptoqueen”, caíram 30% em menos de dois dias.