Novo Banco: “Havia pressão política” para comprar Diário Económico

O ex-sócio do patrão da Ongoing Nuno Vasconcellos, Rafael Mora, disse hoje no parlamento que “havia pressão política” para comprar o Diário Económico, um “negócio viciado”, ficando com a “sensação” de que estaria direcionado para o grupo Lena.

“Foi um negócio curioso porque era um negócio que estava um bocadinho martelado cá em Portugal. Estava um bocado viciado. Havia pressão política”, disse hoje no parlamento Rafael Mora.

O gestor foi hoje ouvido na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.

“A sensação que me deu no momento em que terminámos – não é porque ninguém mo disse abertamente – é que aquela venda do Diário Económico estava feita para que quem comprasse fosse o grupo Lena. nós fomos uns ‘outsiders’ que entraram na negociação”, partilhou.

Rafael Mora acrescentou ainda que acreditava que “interesse do grupo BES em que o Diário Económico estivesse na órbita da Ongoing”, o que adicionado ao interesse do grupo Lena “fez subir o preço e o múltiplo”, que o deputado Hugo Carneiro contabilizou em 20 vezes, com o jornal a ser comprado por 27,5 milhões de euros.

O gestor disse ainda que Nuno Vasconcellos “queria muito comprar o Diário Económico” e a 100% (tal como o grupo Lena), para potenciar sinergias com o grupo Impresa.

Questionado por Hugo Carneiro se a Ongoing funcionava como ‘testa de ferro’ do grupo Espírito Santo, Rafael Mora rejeitou.

“Não, não era. A Ongoing não era uma ‘testa de ferro’, era um amigo íntimo [do BES], que às vezes se revelava com alguma independência”, respondeu.

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