Países do G7 canalizaram milhares de milhões a mais para combustíveis fósseis
Os países do G7 injetaram milhares de milhões de euros a mais em combustíveis fósseis em relação aos apoios concedidos para energia limpa desde o começo da pandemia, apesar do compromisso assumido para uma recuperação verde, de acordo com o ‘The Guardian’.
Um estudo recente revelou, em vésperas da cimeira do G7 no Reino Unido, que as nações participantes comprometeram-se a canalizar 154,75 mil milhões de euros para apoiar os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) entre janeiro de 2020 e março deste ano.
Por outro lado, os mesmos países – Reino Unido, EUA, Canadá, Itália, França, Alemanha e Japão – gastaram 120,36 mil milhões de euros em formas limpas de energia.
O apoio aos combustíveis fósseis dos membros do G7 incluiu medidas para eliminar ou diminuir as regulamentações ambientais, bem como o financiamento direto de petróleo, gás e carvão.
A análise levada a cabo pelo Tearfund, o Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável e o Instituto de Desenvolvimento Ultramarino, mostraram que as nações não aproveitaram as oportunidades de que dispunham para tornar mais verde a sua resposta à pandemia.
Na maioria dos casos, o dinheiro fornecido para as indústrias de combustíveis fósseis foi atribuído sem qualquer compromisso, e não com condições que exigissem uma redução nas emissões ou na poluição.