“Nunca vimos nada assim”: Quase 100 empresas nos EUA batem recorde histórico ao emitir obrigações conversíveis
Os valores mínimos históricos das taxas de juro, conjugado com o apetite voraz dos investidores e o medo da inflação, alimentado pela esperança nos mercados num período pós pandemia, elevou os números das obrigações conversíveis (em ações, após um determinado prazo e sob a implementação ou não de uma taxa) a um novo recorde.
Desde janeiro até agora, 97 empresas cotadas nos EUA emitiram 49,76 mil milhões de euros em obrigações conversíveis, de acordo com a consultora americana Dealogic, um valor recorde e 11% a mais do que o registado em todo o ano de 2020.
Tal é o sucesso deste mercado neste momento que, de entre estas 97 empresas, 28 não pagam juros sobre a dívida conversível que emitem, o maior número de entidades observado desde 2001, sendo que as que pagam arriscam-se a desembolsar no máximo 1,41% de taxa, a menor alguma vez vista.
“Esses são os melhores termos da história do mercado. Nunca vimos nada assim”, comentou Vijay Culas, fundador e diretor executivo da Matthews South, uma empresa que atua na área das obrigações conversíveis, em entrevista ao Wall Street Journal.